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Mercado da Bola / EXPLICANDO

Atlético-MG: dirigentes explicam dívida por Nacho e valor de Savarino

Atlético-MG negociou a transferência do venezuelano por US$ 2,5 milhões e apesar de querer continuar com o jogador, a diretoria concordou com a venda

Redação Publicado em 10/05/2022, às 14h34

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Atlético-MG atualiza sobre dívida por Nacho - GettyImages
Atlético-MG atualiza sobre dívida por Nacho - GettyImages

Os cofres do Atlético-MG não estão às mil maravilhas como alguns pensam. Na última quinta-feira, 5, no Galo Business Day 2022, o clube apresentou a dívida bilionária que está tendo que lidar, mas há duas semanas, duas notícias já davam indícios de que a situação não estava indo tão bem assim nos bastidores da equipe mineira.

Uma delas é a polêmica cobrança judicial do River Plate pelo pagamento de Nacho Fernández, e a outro é referente a venda que está recebendo diversas críticas por parte da torcida do Atlético-MG e daqueles que são fãs de Jefferson Savarino, que saiu do Galo para agora poder defender uma equipe que faz parte da MLS, dos Estados Unidos.

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No evento, esses assuntos também foram abordados pelos dirigentes, e de acordo com as informações publicadas pelo site "GE", Rafael Menin, vice-presidente do Conselho Deliberativo foi quem comentou a situação de Savarino, uma vez que é um dos membros do órgão colegiado que atua na gestão do clube ao lado da diretoria.

Na última semana, o Atlético-MG anunciou a venda de 40% dos direitos do jogador venezuelano ao Real Salt Lake, dos Estados Unidos, por US$ 2,5 milhões, cerca de R$ 12,4 milhões. Esse valor, inclusive, está sendo bastante criticado por alguns torcedores do Galo nas redes sociais por considerarem um montante baixo para o atleta em questão.

Atlético-MG avalia valor de venda de Savarino
Atlético-MG avalia valor de venda de Savarino (Crédito: GettyImages)

"O Savarino saiu por um valor relativo à 40%, com um valuation (valor total) de US$ 6 milhões, o que não é pouco dinheiro. 'Pô', Savarino devia ser vendido por US$ 15 milhões. Mas nunca existiu proposta de 15 milhões. Futebol, se fosse tão simples, a gente levantava a mão e aparecia uma proposta de 15 milhões. A vida estaria resolvida, seria muito fácil", contou Rafael Menin.

"A gente vendeu com muito pesar, mas entendemos que foi um valor adequado", completou o dirigente, que na sequência ouviu o empresário dizendo que a situação poderia ter sido outro caso o clube tivesse um fluxo de caixa mais tranquilo e não trabalhasse com a dura obrigação de ter que negociar os atletas no mercado.

"O valuation (valor total) do atleta foi US$ 6 milhões, que é o que a gente acha que vale o atleta. Poderia ser oito, desde que nós tivéssemos o caixa que outros poucos clubes têm, mas nós não temos essa situação ainda. Ela vai chegar um dia. Em breve, eu acredito. Mas não é a situação atual do clube", justificou.

A situação de Nacho Fernández

Já a dívida do Atlético-MG com o River Plate pelo não pagamento total do meia Nacho Fernández, contratado em 2021 teve o time argentino acionando o clube mineiro por conta do valor de US$ 2,5 milhões, algo em torno dos R$ 12,4 milhões, pelas parcelas que estão em atraso no acordo que envolveu a compra do camisa 26.

O diretor financeiro do clube mineiro, Paulo Braz, contou que chegou a procurar o time argentino antes de eles terem entrado com a ação judiciária para tentar parcelar o pagamento por conta do aperto no fluxo de caixa no início de ano, mas não teve sucesso. "Fizemos proposta de pagamento para eles. Eles não aceitaram a primeira, e fizemos a segunda proposta, em função da sazonalidade que temos no primeiro semestre de fluxo de caixa", iniciou.

"As principais receitas do clube acontecem substancialmente no segundo semestre do ano. O que colocamos é, olha: 'se puderem aguardar um prazo maior para que a gente possa quitar, podemos inclusive pagar em três, quatro parcelas. Imediatamente, por exemplo, no mês de fevereiro, depois em março, e assim sucessivamente'. E eles disseram não", contou.

"A nossa receita no primeiro semestre é muito prejudicada em razão das competições. E a gente fez essa proposta, eles não aceitaram, e nós já colocamos no fluxo de caixa de pagamento esse compromisso para ser honrado muito em breve. Essa pauta vai deixar de existir muito brevemente", completou Paulo Braz.