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Lutas / MMA / MUDANÇA DE ROTINA!

Lutadora revela ansiedade por combate sem público no UFC: "Eu estou bem nervosa com isso"

Mackenzie Dern ainda terá que lidar com a distância da filha Moa, nascida em junho de 2019

Izabella Macedo Publicado em 29/05/2020, às 15h01

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Lutadora revela ansiedade por combate sem público pelo UFC - Instagram
Lutadora revela ansiedade por combate sem público pelo UFC - Instagram

Com o relaxamento das medidas relacionadas ao isolamento social por conta da pandemia de coronavírus, alguns esportes, em alguns locais do mundo, já estão voltando a todo vapor, mas ainda sim seguindo todos os protocolos de segurança recomendados pelos órgãos de saúde.

O UFC foi um dos pioneiros nesse sentido com o retorno das atividades. Apesar de os fãs poderem contar com os combates novamente, dessa vez será com uma mudança significativa, tanto para quem assiste, como para quem luta.

A medida de segurança número um que está sendo implementada no esporte é a realização dos eventos sem a presença do público. Algo totalmente diferente para aqueles que estão acostumados com inúmeros gritos e holofotes a todo o tempo.

Pensando nisso, no próximo sábado, 30, a lutadora americana-brasileira Mackenzie Dern vai encarar Hannah Cifers no UFC: Woodley x Burns em Las Vegas. No entanto, não poder contar com o público está se tornando uma situação difícil para a atleta.

"Eu estou bem nervosa com isso. Eu já lutei às 3h da manhã no jiu-jítsu, já viajei e fui direto do avião para o campeonato, já fiz várias coisas, mas eu sempre lutei melhor com “crowd”, com a galera gritando, torcendo, luz, câmera, sempre lutei melhor com pressão. No sparring, nos meus treinos, o pessoal sempre bate em mim, porque estou sempre tentando coisas novas, tentando realmente treinar os meus erros, os meus pontos fracos, e estou pensando, 'vai parecer que estou fazendo o sparring' (risos)", disse em entrevista por videochamada ao site Combate. 

Além dessa dificuldade, Mackenzie também terá que lidar com a distância da filha Moa, nascida em junho de 2019. Desde seu nascimento, a lutadora nunca havia passado mais de 24 horas longe de Moa, que estará sendo cuidada pelo avô, o surfista Wesley Santos, e a avó materna. 

A pandemia mudou e muito a rotina de Mackenzie no esporte. De início, ela estava escalada para enfrentar Ariane Sorriso pelo peso-palha em abril, porém, as restrições impostas para conter o avanço do vírus forçaram algumas mudanças de planos.

Primeiro, Sorriso foi substituída pela americana Hannah Cifers, e depois, o evento de abril foi cancelado e a luta foi remarcada, primeiro para o dia 23 de maio e depois para 30 de maio.

Em meio a isso, Mackenzie fez o possível para continuar treinando mesmo com as academias fechadas.

"Eu acho que até tive mais sparring que muitas pessoas, porque graças a Deus tive dois amigos - uma parceira, a Tabatha, me ajudou bastante, e um amigo meu, o Pacquiao. A academia estava fechada, (mas) me encontravam lá e faziam sparring. Não teve aquela aula que você vai trocando de parceiro e cada um tem um estilo diferente... Eu nem podia ficar postando por medo de a polícia vir, fechar a academia, dar uma multa… Minha preparação foi na rua, correndo, flexão, agachamento, coisas que dá para fazer em casa. Estou me sentindo bem, muito preparada, o máximo que pude nessas condições", contou.

Sobre o combate diante de Hannah Cifers, a lutadora americana-brasileira avalia que o tempo de paralisação foi importante para estudar o estilo de luta da adversária.

"Pelo que a gente viu, ela tem mão pesada, tem uma mão direita bem forte, mas o objetivo é levar para o chão obviamente, cuidado para não tomar essa mão direita dela. Mas ela é uma menina muito dura, imagino que esteja treinando muito defesa de queda. Vou lá querendo soltar minha mão, mas não quero dar show de mão, quero dar show de jiu-jítsu, levar para o chão, tentar não ficar cortado, não quebrar nariz, está tudo certo, meu pai fica feliz, meu marido fica feliz, e voltar para casa", analisou.