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EXCLUSIVO SPORTBUZZ! Douglas Brose quebra o silêncio e revela plano principal para depois das Olimpíadas de Tóquio!

Atleta comentou sobre suas principais conquistas, pandemia, referências e construção da carreira!

Redação Publicado em 30/10/2020, às 14h19 - Atualizado às 15h10

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Douglas Brose, karateca - Instagram
Douglas Brose, karateca - Instagram

Na última quinta-feira, 29, Douglas Brose, o maior vencedor do karatê brasileiro participou de uma live exclusiva com o SportBuzz.

No decorrer da conversa, o atleta comentou sobre diversos assuntos, desde a formação da carreira, até os principais efeitos da pandemia no cenário dos atletas de alto rendimento.

Por fim, Douglas ainda abriu o jogo sobre os planos que têm em mente para o pós-Olimpíadas, o que é alvo de dúvida de muitos amantes das artes marciais e ainda pontuou o que pensa sobre o futuro da modalidade. 

Confira os principais pontos da entrevista: 

O COMEÇO:

Eu comecei muito jovem ainda, era 7 para 8 anos. Sempre gostei muito de filmes de luta e de ninjas, a ideia inicial era praticar alguma modalidade neste área. Junto com alguns amigos, meu pai me matriculou em uma academia de karatê que tinha aqui perto de casa, fiz uma ou duas aulas, gostei demais. Neste mesmo período, meu professor Eduardo chegou de São Paulo e propôs o karatê na escola.

Foi muito mais legal, ali comecei a treinar com os amigos do dia a dia. Formamos uma equipe grande, com grandes atletas e grandes amigos.

Entrei em 2001 com 14 anos na Seleção Brasileira. Só de seleção é quase 20 anos e agora com sonhos mais ousados, que começaram com sonho de ser campeão estadual e agora o sonho é ser campeão olímpico.

DIFICULDADES:

Tive até algumas dificuldades porque as pessoas não acreditavam que o karatê poderia ser uma profissão, eu levei isso muito a sério. A dificuldade vai existir em qualquer lugar. Mas, depende muito do cara querer e estar empenhado. Eu lembro o quanto eu fiz por onde. Em 2002, eu me formei, prestei vestibular para a Federal de Santa Catarina, fiquei perto de entrar e não entrei.

Realizando o cursinho, vou me dedicar dois três anos ao karatê. Foi quase uma briga pela minha decisão.

Depois de dois, três anos, a universidade que me formou me convidou com uma bolsa integral. Quando você quer e se dedica, tem um retorno. Pode demorar, mas tem! Você tem que estar dedicado e querendo muito.

Há quem queira, mas, não tem coragem de se entregar de corpo e alma.

As dificuldades financeiras existem, todos atletas passam. Hoje elas são menores para uns e grandes para outros, mas, é uma realidade não só do nosso esporte. Isso forma o caráter das pessoas.

COMO É SER UMA REFERÊNCIA:

Eu tenho um cuidado maior em atitudes erradas, ou que considero erradas ou que não são legais.

De resto eu tento ser o que sou. Sou brincalhão demais no dia a dia, tento refletir isso em todas as áreas que eu estou inserido.

Procuro ser o mais real possível, sou muito chato quanto a treinamento, mas é para o bem de todos, sempre querer fazer com que todos melhores.

Eu procuro tomar cuidado com algumas coisas. Sei que muitas crianças me têm como referência e eu procuro passar para eles uma imagem muito boa do esporte.

Os pais, tem medo de apoiar o filho no esporte e no karatê, é sempre aquele: 'e se?', minha ideia e passar para os pais que os esportes podem abrir portas na vida, tanto profissionalmente, quando pessoalmente, pensando em caráter.

Muitos pais falam: karatê não dá dinheiro, não dá futuro e eu tenho quebrar isso. É possível ser bem sucedido, sim. Mas, você só vai saber disso se tentar e ir até o final. Eu sinto este receio dos pais, eu sou pai e tenho este receio. Eu tento sempre passar essa imagem, é possível ser profissional e bem sucedido.

UMA CONQUISTA INESQUECÍVEL:

A que eu tenho é o meu primeiro ouro mundial. Ele completa dez anos agora. Essa medalha sempre vai ter um carinho especial. Foi um tabú quebrado, fazer o continente sul-americano ter expressão no mundial.

Essa medalha na Sérvia é a medalha mais especial, meu xodó, tenho recordações mais vivas dela. Essa tem um significado especial. Foi o topo do mundo, algo que eu tanto sonhava.

CHEGADA DO KARATÊ NAS OLIMPÍADAS:

Foi uma vitória para o karatê mundial, para todos os praticantes, na verdade. A modalidade karatê tem um poder de transformação muito grande. Com a entrada nos jogos olímpicos faz com que a modalidade fique ainda mais em evidência.

Isso é importante para as próximas gerações, afinal, incentiva quem está chegando.

Vai fazer bem para os jogos, eu espero que se mantenha. Todos esportes merecem chegar nas Olimpíadas. Teremos essa chance em 2021 e acredito que se mostrar um bom trabalho, muita coisa pode mudar para os jogos de 2024, em Paris. Esperamos que esteja em todos os outros.

A PANDEMIA:

Eu não me vi prejudicado. Tem os pontos bons e os pontos ruins. Em específico no meu caso, que mudei de categoria, eu ganhei um ano a mais para ter uma preparação mais específica para esta categoria.

Mas, ao mesmo tempo, a competição faz parte do treinamento. Em um ano sem calendário dificultou um pouco.

Por um lado, ganhei tempo, mas, por outro, temos essa falta de troca, intercâmbio.

PÓS OLIMPÍADAS:

Depois das Olimpíadas tem Campeonato Mundial, então esse é o foco. Uma semana dormindo e depois foco no mundial, minha ideia é conseguir um ouro nas Olimpíadas e aí o tri-mundial.

Depois disso vai depender de muita coisa. É uma decisão que precisa ser tomada com calma, precisa analisar todos os detalhes.

Depois do Mundial de novembro de 2021, a ideia pode ser diminuir o ritmo de competições, fazer uma transição, mas, isso vai ser muito bem pensado ainda.

O FUTURO:

Temos grandes potenciais, grandes atletas, mas, vai sempre depender deles. A confederação brasileira faz um bom trabalho, dá uma infra, mas, o atleta que tem que querer, tem que abrir mão de algumas coisas e pagar o preço por isso.

Se você estiver na disposição, você não tem garantia e aí você só descobre no final. No meu caso, eu sei que valeu a pena ter pago o preço.


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