Campeão paulista e brasileiro de 1991, o São Paulo fazia parte de um cenário do futebol nacional que não era nada promissor no começo do ano de 1992
Redação Publicado em 02/07/2022, às 10h00
Campeão paulista e brasileiro de 1991, sob o comando do Mestre Telê Santana, o São Paulo fazia parte de um cenário do futebol nacional que não era nada promissor no começo do ano de 1992. Já fazia mais de 20 anos que a seleção brasileira não conquistava uma Copa do Mundo, a última fora em 1970, e o retrospecto das nossas equipes na principal competição sul-americana, a Taça Libertadores da América, se limitava a apenas 5 conquistas de 4 equipes (duas do Santos e uma de Cruzeiro, Flamengo e Grêmio) ao longo de 32 edições, entre os anos de 1960 e 1991.
Tudo isso mudou a partir da edição da Taça Libertadores de 1992 pelo São Paulo, a partir dela até o final do ano de 2021, em 30 edições, 50,00 % dos títulos foram brasileiros, ao todo 15, isto é, três vezes mais do que acontecera até então. Diante disso é inegável afirmar que a conquista da equipe tricolor comandada por Telê Santana mudou definitivamente a representatividade do futebol brasileiro na América do Sul e Mundial, uma vez que a seleção brasileira também voltaria a conquistar uma edição de Copa do Mundo, realizada nos Estados Unidos em 1994, pouco mais de 2 anos depois, voltando a ser tornar, isoladamente, a maior campeã mundial.
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O livro traz informações sobre todos os jogos da competição e detalhes das partidas disputadas pelo São Paulo, com comentários publicados na época e estatísticas, e informações sobre os atletas campeões ao longo de suas 172 páginas.
O dia era 17 de junho de 1992, véspera de feriado. Cursando o último ano de minha graduação em Engenharia, eu fazia estágio na zona leste de São Paulo e teria que sair mais cedo, perto das 17h00 para acompanhar a grande decisão. O jogo começaria por volta das 22h00. Estava muito preocupado com o trânsito que iria enfrentar até o estádio do Morumbi. A cidade parou naquele dia, como jamais voltaria a parar por conta de uma partida de futebol. Depois de quase 20 anos, a Taça Libertadores da América voltaria a ser decidida em São Paulo. E para desespero de alguns, certamente dos torcedores rivais, desta vez uma equipe da capital paulista teria reais chances de conquista. Consegui chegar ao Morumbi, quase duas horas antes do início do jogo. Eu estava lá na arquibancada, mais especificamente no setor 11. Mais de 100.000 pessoas estavam “abarrotadas”. não havia espaço para mais ninguém. Precisávamos reverter a derrota sofrida uma semana antes, de 1 a 0 em Rosario, frente ao Newell’s Old Boys. E assim o fizemos, sim, os atletas, comissão técnica e torcedores fomos um só e trouxemos esta taça para casa. Desde então, nunca mais a Taça Libertadores da América foi a mesma, sobretudo para o futebol brasileiro que passou a ser o principal protagonista da maior competição sul-americana. É tricolor!!!
Cearense nascido em São Paulo, assim José Renato se autodeclara, por conta de ser filho de cearenses. Afinal, como diz seu pai, “gato que nasce dentro do forno, é gato, não biscoito”. Tem em seu coração as cores alencarinas e bandeirantes. Nasceu são-paulino. Como poucos, teve a alegria de vir ao mundo no exato momento em que um gol tricolor estufava as redes adversárias no melhor dos lugares, o estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi. Também foi um dos presentes no momento da maior conquista, até então, do tricolor, a inesquecível taça Libertadores de 1992, um passo decisivo para o clube que se tornou o único brasileiro a ser tricampeão mundial de futebol.
