Corinthians e Palmeiras protagonizam a maior rivalidade do estado de São Paulo e uma das maiores do Brasil
A maior rivalidade de São Paulo e uma das maiores do futebol brasileiro envolve dois clubes nascidos a partir de estreita relação com os imigrantes que praticamente invadiram a capital paulista a partir do começo do século XX. O primeiro confronto ocorreu em 6 de maio de 1917, no campo da Companhia Antarctica, na Água Branca, e foi vencido pelo Palestra por 3 a 0, com três gols de Caetano.
O Corinthians foi criado em 1910 a partir da excursão de uma equipe inglesa, o Corinthian ao Brasil, de quem emprestou o nome, a partir de iniciativa de modestos trabalhadores de diferentes origens, dentre eles italianos, que depois foram estimulados a adotar as cores de outra equipe, essa de estreita relação com os imigrantes italianos, o Palestra Itália, em 1914. Essa relação próxima se transformaria em rivalidade quando as duas equipes passaram a dominar o futebol paulista.
Em tempos de guerra, no ano de 1917, a Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo programou um jogo beneficente entre um combinado formado por jogadores do Corinthians e do Palestra Itália contra o supercampeão Paulistano, de Friedenreich, o melhor jogador de futebol daquele tempo. O combinado levou a melhor por 2 a 0.
A maior goleada na história do clássico aconteceu em 1933, quando o Palestra aplicou 8 a 0 no rival, com quatro gols de Romeu Pellicciari, na maior derrota sofrida em toda a história corintiana. O Corinthians teve seu melhor resultado diante do arquirrival em partida em 1982, vencida por 5 a 1 com um show do novato atacante Casagrande.
O clássico passou a ser conhecido como Derby, nome atribuído pelo jornalista Thomaz Mazzoni, na década de 1940. Originalmente o significado da palavra derby vem de um termo turfístico que define “a mais importante e tradicional carreira inglesa, disputada em Epsom pela primeira vez no século XVII”.
Ao longo dos anos passou a ser utilizado para determinar um jogo entre duas equipes da mesma cidade. O jornalista de A Gazeta Esportiva assim definiu o clássico por ser um jogo entre times da mesma cidade e de difícil prognóstico de vencedor, assim como eram as corridas de cavalos de Epsom.