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Futebol / TRAGÉDIA NA CHAPE

Zagueiro Neto e viúvas do acidente da Chapecoense protestam em Londres por falta de indenização

Os protestos foram em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln

SportBuzz DIGITAL Publicado em 30/09/2019, às 11h46

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Zagueiro Neto e viúvas protestam em Londres - Marcel Camilo/Divulgação
Zagueiro Neto e viúvas protestam em Londres - Marcel Camilo/Divulgação

Nesta segunda-feira, 30, o sobrevivente zagueiro Neto e quatro viúvas de jogadores vítimas da queda do avião da Chapecoense protestaram em frente às sedes da corretora de seguros Aon e da seguradora Tokio Marine Kiln, em Londres, pela falta de indenização três anos após a tragédia, que aconteceu na Colômbia, em novembro de 2016. 

As viúvas dos jogadores Gil, Filipe Machado, Thiego e Bruno Rangel, além do jogador Neto, do presidente da Abravic (Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense) e três advogados, usavam camisetas com "71" estampado nas costas, número de vítimas fatais do acidente. 

Segundo os advogados, os familiares das vítimas reuniram documentos que apontaram o culpado pela queda do avião e por isso tentam, na justiça, receber a indenização. Eles ainda afirmam que a Aon é responsável por avaliar os riscos da aeronave e que a corretora sabia do risco de sobrevoar a Colômbia. 

A seguradora se defende alegando que a apólice de seguro não estaria paga, mas como informado ao GloboEsporte.com pelos advogados, não houve a comunicação sobre a dívida às autoridades locais, o que impediria a aeronave de voar. 

As seguradoras Tokio Marine Kiln, do Japão, e a Bisa, da Bolívia, se recusam à pagar pela indenização da tragédia. As empresas, que fazem parte de um fundo humanitário, ofereceram R$ 935 mil para cada família em acordo para suspender os processos na Justiça. Apenas 23 das 71 famílias aceitaram o valor oferecido.

"Essa ajuda simplesmente exclui cinco ou mais empresas responsáveis nessa sucessão de erros para que o acidente viesse a acontecer. E essa ajuda faz a gente abrir mão dos nossos direitos. É uma falsa ajuda, muito abaixo do valor da apólice. Estamos em busca da verdade e reparações", disse Val Paiva, viúva de Gil, ao Globo Esporte.

De acordo com as famílias, o seguro da aeronave era de US$ 300 milhões (R$ 1,24 bilhão), em 2015. Contudo, na data do acidente, em 29 de novembro de 2016, era de US$ 25 milhões (cerca de R$ 104 milhões). O valor da apólice caiu desde que o avião passou a transportar equipes de futebol. 

Neto e as viúvas estimam que as empresas Aon, Tokio Marine Kiln e Bisa devem às famílias cerca de US$ 4 milhões a US$ 5 milhões (de R$ 16 milhões a R$ 20,8 milhões). 

No domingo, 29, outros familiares organizaram uma manifestação no Átrio Davi Barella Dávi,  ao lado da Arena Condá, com apoio de torcedores da Chape. O ato intitulado “Verdades e Reparações” foi em apoio aos que viajaram para Londres. 

 Marcel Camilo/Divulgação