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Futebol / COMPLICADO

Vivendo sobre pressão no Internacional, Ramírez comenta protestos da torcida: "Não sei se ajuda"

Treinador do Internacional, Ramírez tentou apaziguar os ânimos depois da manifestação da torcida Colorada

Redação Publicado em 01/06/2021, às 06h46

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Ramírez, treinador do Internacional deixando o campo após empate do time no Brasileirão - GettyImages
Ramírez, treinador do Internacional deixando o campo após empate do time no Brasileirão - GettyImages
Vivendo um momento de pura pressão no Internacional, Miguel Ángel Ramírez sabe da fase delicada que passa com o time, que o coloca como um dos principais alvos da torcida Colorada na hora de se manifestar.
O espanhol entende o desejo dos torcedores, da expectativa e do incômodo com a falta de resultados, mas alerta que a pressão é mais um entrave no caminho para a recuperação.
Nesta terça-feira, 1, Ramírez completa três meses de sua chegada a Porto Alegre, mas já convive com a desconfiança dos Colorados. O time perdeu o Gauchão para o Grêmio, se classificou como o pior primeiro lugar na fase de grupos da Libertadores e soma apenas uma vitória nas últimas seis partidas.
"É normal querer resultado. Mas converter como hostilidade aos jogadores? Não sei se ajuda. É difícil transformar essa hostilidade em apoio e carinho. Temos claro onde estamos: um clube grande que terá pressão sempre para ganhar", disse o treinador em entrevista coletiva.
Apesar da pressão, o treinador trabalha para dar regularidade ao time. Existem pontos que precisam ser corrigidos tanto no ataque quanto na defesa, e quando consegue, peca nas finalizações, como aconteceu no empate em 2 a 2 contra o Sport noite de domingo, 30.
Na partida, na estreia das equipes no Brasileirão, o Internacional poderia ter feito um placar elástico no primeiro tempo. Depois do intervalo, quando recuou, expôs as fragilidades na defesa.
Irritados com os resultados, os torcedores têm protestado. No sábado, 29, chegaram a ir ao hotel que serve de concentração e cobraram o treinador e atletas. Apesar do cenário, Ramírez segue com aval da direção, e uma possível saída não está sendo estudada.
"Entendo a vontade para voltar a vencer. Os primeiros que sabem somos nós, que defendemos a camiseta, sentimos essa pressão de que ter que ganhar o quanto antes. Sentimos isso todos que trabalham no dia a dia. Sabemos que precisamos fazer as coisas a cada dia para que o Colorado volte a vencer", contou o treinador.
Apesar de ter essa opinião, o técnico evita o conflito com a torcida. Questionado sobre o momento, citou que também existe apoio em meio a tudo isso, mas que o descontentamento é o maior sentimento.
A falta de títulos, já que são cinco anos sem levantar uma taça sequer, contribui, mas Ramírez avalia que as críticas aumentam a tensão no vestiário.
"Os entendo, mas há muita gente que talvez não faça ruído. No hotel foram protestar, mas por que não dizem quem foi apoiar? Tanto ontem (sábado) quanto hoje (domingo), havia gente na entrada do hotel na nossa chegada e saída apoiando. Não vende, não dá audiência aos programas. Tem gente descontente e é totalmente respeitável. As pessoas estão com fome de título e vitória. Esse clube há anos não consegue ganhar. O colorado quer a equipe campeã", revelou.
Totalmente ciente dos problemas, e de como encontrar uma solução, Ramírez precisa colocar o time do Internacional na linha. A equipe precisa dar resposta para acalmar a torcida na quinta-feira, 3, quando inicia a disputa da Copa do Brasil.
A partir das 19h (horário de Brasília), os gaúchos encaram o Vitória no Barradão, em Salvador.