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Futebol / SAÚDE MENTAL

Thierry Henry manifesta preocupação com Neymar: “Ele está bem?”

Thierry Henry avaliou as recentes entrevistas de Neymar Jr e demonstrou preocupação com o estado do atacante da Seleção Brasileira e do PSG

Redação Publicado em 07/03/2022, às 15h58

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Thierry Henry manifesta preocupação com Neymar: “Ele está bem?” - GettyImages
Thierry Henry manifesta preocupação com Neymar: “Ele está bem?” - GettyImages

Thierry Henry comentou sobre as recentes declarações de Neymar Jr, que falou em muitas oportunidades que seguirá jogando futebol até quando não se sentir bem mentalmente. O ex-jogador francês demonstrou preocupação com o atacante do Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira e afirmou que o camisa 10 tem pedido ajuda e precisa ser ouvido.

Em entrevista ao jornal L’Equipe, da França, Henry disse ter enfrentado momentos difíceis na carreira e chamou atenção para que o debate sobre saúde mental seja levantado dentro do futebol. Além de questionar sobre a situação do jogador brasileiro, o francês comentou sobre Lionel Messi, companheiro de Neymar no PSG.

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“Neymar tem falado muitas vezes em suas entrevistas recentes sobre seu bem-estar e sobre pressão. Então, meu primeiro pensamento é: ‘Ele está bem? Ele fala, mas você pode ouvi-lo? Ele está pedindo ajuda’. Há coisas acontecendo em sua cabeça, como qualquer ser humano”, disse o auxiliar técnico da Seleção Belga.

“Quando falamos de Messi ou Neymar, jogadores excecionais, esquecemo-nos dessa dimensão. Quando Lionel chorou ao deixar o Barcelona, não foi programado. Quando pensa que nunca vai sair de algum lugar e de repente acontece, fica em choque emocional. As pessoas dizem que ele tem tudo o que precisa em Paris, mas não é tão simples”, continuou o ex-jogador.

Henry demonstra preocupação com Neymar
Henry demonstra preocupação com Neymar (Crédito: GettyImages)

Campeão do Mundo pela França, no Mundial de 1998, Henry afirmou que durante a sua época de jogador, a questão de saúde mental era um tabu. Pela Seleção Francesa, ele disputou 123 jogos e marcou 51 gols. Ele ainda soma passagens marcantes pelo Arsenal, da Inglaterra, e pelo Barcelona, da Espanha.

“Quando eu saí do Arsenal para o Barcelona demorei um ano até ficar bem. Cheguei lesionado, estava em processo de divórcio, tive que aprender um novo sistema. Era muito mais difícil, totalmente tabu. Até no vestiário. Chegavas lá e era: "Está bem? Sim". Mesmo que as coisas não estivessem bem. Hoje, um jogador pode se abrir mais. Mas se disser que mentalmente não estava bem, o jogo seguinte vai exigir muito de ti. O que é que os torcedores vão cantar? Não é fácil te aceitarem como é”, destacou.