Jogador terá 10 dias para cumprir com a decisão por assinar com o Cruzeiro depois de rescindir com o Galo
Se pegarmos como base o âmbito arbitral (Instância para resolução de conflitos de forma não judicial), o caso envolvendo o atacante Fred, Cruzeiro e Atlético-MG finalmente chegou ao fim depois de meses se arrastando.
De acordo com o ex-vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido, por meio de seu "Twitter", a situação teve a decisão de segunda instância mantida.
Caso Fred: mais uma vitória do ATLÉTICO: CBMA acaba de NEGAR os embargos declaratórios opostos por Cruzeiro e Fred, mantendo assim a decisão arbitral condenatória final...
— Lásaro Cândido (@lasaroccunha) March 10, 2021
Dessa forma, o Galo segue com o direito a receber a multa de R$ 10 milhões, que acabou virando R$ 18 milhões em três anos do camisa 9. O CBMA (Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem) já havia indeferido recurso de Fred, que entrou com "Embargos" e eles também foram rejeitados.
Anteriormente, o site "Globo Esporte" havia informado que Fred e o próprio Cruzeiro tinham entrado com os "Embargos declaratórios" contrários à decisão do CBMA.
A multa dos R$ 10 milhões foi cobrada pelo Galo contra Fred por ele ter assinado com o rival Cruzeiro logo após rescindir no clube Alvinegro.
O CBMA negava o recurso do atacante contra a sentença que o obriga a rescindir com o Altéitco-MG há 20 dias.
Agora, o prazo para o jogador quitar a dívida é de 10 dias, sob risco de sofrer sanções disciplinares e até mesmo financeiras, que podem ir desde o bloqueio e repasse de 10% da remuneração mensal à proibição de atuar.
Inclusive, o Atlético poderá até mesmo ir na Justiça Comum com ação de "Execução". Os 10 dias começam a contar a partir da data que Fred for intimado.
Apesar dessa resolução, a briga permanece viva no âmbito jurídico.
Na Justiça Trabalhista, Fred entrou com processo cobrando R$ 2 milhões do Atlético, além de solicitar a queda da ação na CNRD (Câmara Nacional da Resolução de Disputas), que é a primeira instância arbitral.
Entre as idas e vindas, com liminares, tutelas, embargos e agravos, o Tribunal Regional do Trabalho de Minas manteve o processo arbitral, e o jogador entrou com o último recurso.
Agora, tudo indica que o caso ainda vai para Brasília, para ser discutido no TST (Tribunal Superior do Trabalho).