Em 2002, a Seleção Brasileira fazia história ao conquistar o pentacampeonato na Copa do Mundo da FIFA e deter o maior número na estatística até hoje; relembre a trajetória até o título
Ligia de Toledo Saicali Publicado em 30/06/2022, às 07h00
Há 20 anos, a Seleção Brasileira se consolidava pentacampeã mundial na Copa do Mundo de 2002, que foi sediada tanto no Japão como na Coreia do Sul. Ronaldo Fenômeno e cia fizeram história ao tornar a equipe verde e amarela a maior vitoriosa de todos os tempos pela competição; além disso, o elenco atingiu o feito com 100% de aproveitamento da fase de grupos até o mata-mata.
A trajetória do time nacional não foi sempre cercada por glórias e comemorações. Além do treinador Felipão ter assumido o comando técnico apenas um ano antes da realização do campeonato (sem o ciclo preparatório de quatro anos que é estabelecido atualmente), o elenco passou por sufocos desde as Eliminatórias, que garantiam apenas a classificação para se manter na briga pelo troféu. Relembre o caminho do Brasil até o título:
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No dia 28 de março de 2000, o Brasil iniciava sua busca pelo penta de maneira morna, empatando com a Colômbia, em Bogotá, sem gols para nenhum dos lados. Contudo, conseguiu retomar o ritmo ao derrotar o Equador no Estádio do Morumbi pelo placar de 3 a 2. Ainda assim, a equipe, à época sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, e, posteriormente, de Emerson Leão, não conseguia sustentar regularidade em seu aproveitamento.
Com a chegada de Luiz Felipe Scolari (cuja primeira partida coincidiu com a última de Romário, na derrota por 1 a 0 para o Uruguai), o caminho para a ascensão da Amarelinha continuava sinuoso. Após o fracasso na Copa América e desastres nas Eliminatórias, a Seleção Brasileira foi salva na última rodada da etapa, em vitória sobre a Venezuela por 3 a 0 que colocou o time em 3º lugar (com nove triunfos, três igualdades e seis reveses) e garantiu a vaga para o mundial.
Na primeira rodada da fase de grupos, diante da Turquia, os adversários assustaram os brasileiros ao abrirem o placar, mas Ronaldo e Rivaldo chamaram a responsabilidade e viraram o jogo para a Canarinho, com o resultado final de 2 a 1. Em seguida, o Brasil brilhou em goleada sobre a China, com o escore de 4 a 0 recheado pelos grandes “erres”: Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno.
O último confronto da rodada de grupos foi tranquilo e contou com apenas uma parcela do time titular; a Seleção já detinha pontuação suficiente para a fase de mata-mata. Ainda assim, o show da Amarelinha persistia em performances espetaculares, fechando com chave de ouro sobre a Costa Rica por 5 a 2.
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Diante da Bélgica, o Brasil sofria para abrir o placar, que permaneceu zerado até o intervalo, com grandes defesas do goleiro Marcos. Mais uma vez, Rivaldo e Ronaldo foram os salvadores do dia na segunda etapa e garantiram o avanço por 2 a 0. Nas quartas de final, a Inglaterra iniciou os trabalhos com gol de Michael Owen, mas a felicidade rival durou pouco: Rivaldo empatou próximo ao intervalo e Ronaldinho Gaúcho garantiu a virada no segundo tempo.
Pela semifinal, Marcos bloqueou as grandes chances da Turquia durante a primeira etapa e, na segunda, Fenômeno anotou o gol que classificou a Seleção para a final. Por fim, o Brasil, dono do melhor ataque (16 gols marcados), bateu a Alemanha, dona da melhor defesa (tinha sofrido apenas um tento, antes da final) por 2 a 0 com atuações brilhantes de Ronaldo, Rivaldo e Kléberson. Assim, a Canarinha ganhava seu quinto troféu mundial e se sagrava na História.
