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Futebol / PROJETO POLÊMICO!

Segue para CCJ projeto que visa criminalizar a venda de bebidas alcoólicas em estádios

Criador do Projeto de Lei foi presidente do Fortaleza, em 2017

Raul Vitor Publicado em 18/11/2019, às 08h46

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Torcedores da Seleção Brasileira bebendo cerveja no estádio - GettyImages
Torcedores da Seleção Brasileira bebendo cerveja no estádio - GettyImages

Segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o Projeto de Lei que torna crime a venda de bebidas alcoólicas em estádios (PL 3788/2019). O PL prevê pena de reclusão de dois a quatro anos, multa e impedimento ao condenado de comparecer e se deslocar pelas proximidades do estádio.

Eduardo Girão (Podemos-CE), senador e ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube, é o criador do projeto. Em entrevista a Agência Senado, Girão afirma que “essas medidas são primordiais para a contenção do crescente quadro de violência que hoje permeia o futebol brasileiro”.

A recorrência de brigas nas imediações dos estádios também foi utilizada como argumento pelo relator da comissão, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Brigas generalizadas, dentro e no entorno dos estádios, que colocam em risco a segurança dos torcedores e do espetáculo. Com essas medidas, espera-se que todo torcedor possa ter garantidas segurança e tranquilidade para frequentar os estádios de prática esportiva em todo o território nacional”, disse Plínio à Agência Senado.

O PL ainda propõe o aumento para 1 a 3 anos de reclusão, e multa, para quem promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos.

De acordo com a Constituição Federal, cabe a União, aos estados e ao Distrito Federal legislar sobre o consumo de bebidas. O Estatuto do Torcedor abre brechas interpretativas sobre a questão.

Segundo o estatuto: “São condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo, sem prejuízo de outras condições previstas em lei: II – não portar objetos, bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a pratica de atos violentos".

O projeto segue, agora, para a CCJ e aguarda, desde a última terça-feira (12), a designação do seu relator. O PL foi rejeito por ampla maioria, em consulta pública do portal e-cidadania. São contrários ao projeto 96% dos que participaram da consulta.


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