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Futebol / CASO RONALDINHO

Ronaldinho Gaúcho fala pela primeira vez após prisão: “Nunca imaginei uma situação dessas”

Ex-jogador quebra silêncio sobre prisão pelo uso de documentos falsos no Paraguai

Gabriela Santos Publicado em 27/04/2020, às 10h05

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Ronaldinho fala pela primeira vez após prisão - Fiscália Paraguay
Ronaldinho fala pela primeira vez após prisão - Fiscália Paraguay

Ronaldinho Gaúcho quebrou o silêncio após ser preso por uso de documentos falsos na entrada do Paraguai, no dia 4 de março. Em entrevista publicada pelo jornal paraguaio ABC Color, nesta segunda-feira, 27, o ex-jogador falou sobre o período em que ficou detido junto com seu irmão Roberto de Assis, em Assunção, capital do país.

Desde o dia 7 de abril, o ex-jogador e seu irmão cumprem prisão domiciliar no hotel Palmaroga, na capital paraguaia, após 32 dias detidos na Agrupación Especializada, quartel da Polícia Nacional do país.

“Foi um duro golpe. Nunca imaginei que passaria por uma situação dessas. Durante toda a minha vida, busquei atingir o mais alto nível profissional e trazer alegria às pessoas com o meu futebol”, disse.

Ronaldinho contou que viajou ao Paraguai para o lançamento de um cassino online e também do livro Craque da Vida. O evento do livro foi organizado pela empresa que tem os direitos da obra no Paraguai.

“Tudo o que fazemos é a partir de contratos gerenciados por meu irmão, que é meu representante. Nesse caso, participamos do lançamento de um cassino online, conforme especificado no contrato, e do lançamento do livro ‘Craque da Vida’, organizado com uma empresa no Brasil que tem o direito de explorar o livro no Paraguai”, continuou.

O ex-jogador revelou surpresa ao ser abordado no aeroporto de Assunção pelo problema com os documentos, mas disse que está colaborando com a Justiça do Paraguai.

“Ficamos totalmente surpreendidos ao saber que os documentos não eram legais. Desde que isso aconteceu, nossa intenção foi colaborar com a Justiça para esclarecer isso. Até hoje, explicamos tudo e facilitamos tudo o que a Justiça nos solicitou”, declarou Gaúcho.

Ronaldinho ainda falou sobre sua esperança de resolver o problema o quanto antes e revelou preocupação com a mãe.

"A primeira coisa que farei é dar um beijo na minha mãe. Ela vive dias difíceis desde o início da pandemia de covid-19 na sua casa. Depois será absorver o impacto que essa situação gerou e seguir adiante com fé e força”, disse Ronaldinho.

O ex-craque disse que esperava retornar ao Brasil depois da audiência no dia 6 de março, que já tinha um voo marcado para a madrugada seguinte para comparecer ao aniversário de seu filho, e esclareceu que não sabe o que aconteceu depois.

Sobre o tempo que ficou detido no quartel transformado em cadeia de segurança máxima, Ronaldinho falou sobre os momentos em que disputou partidas de futebol, deu autógrafos e tirou fotos com os fãs - incluindo policiais e funcionários do local.

“Não tinha motivos para não fazer isso, ainda mais com pessoas que estavam vivendo um momento difícil como eu”, continuou.

A investigação conduzida pelas autoridades do Paraguai busca entender em que contexto os documentos falsos de Ronaldinho Gaúcho e Roberto de Assis foram emitidos e qual era o objetivo de seu uso no país.