O futebol brasileiro proporciona momentos icônicos e os patrocínios, muitas vezes, acabam roubando a atenção
Marcello Sapio Publicado em 18/06/2020, às 18h10
Desde que se começou com a prática de uma marca estampar seu logo nas camisas dos clubes, muitos uniformes se tornaram emblemáticos e as parceiras foram de sucesso.
A Parmalat com o Palmeiras, na década de 90, a Unimed com o Fluminense, no começo da década, são apenas alguns dos exemplos que parcerias que deram certo ao longo da história.
Porém, nem sempre os patrocínios atingem a repercussão esperada e acabam entrando para a história de uma forma nem sempre tão boa.
Pensando nisso, o Sportbuzz decidiu reunir alguns dos patrocínios mais bizarros que já passaram pelo futebol brasileiro!
OS PATROCÍNIOS MAIS BIZARROS DO FUTEBOL BRASILEIRO:
BOTAFOGO + COXINHAS NETO'S
O primeiro patrocínio que abre a lista é um recente. A parceria entre a rede de coxinhas dos irmãos Lucas e Felipe Neto (famosos youtubers do Brasil) na camisa do Botafogo.
Eles, que são torcedores declarados do clube, investiram na parceria durante um pouco mais de uma temporada, mas sem muito sucesso.
Recentemente, Felipe Neto chegou a ser convidado para comandar o marketing do Botafogo, mas recusou a proposta e preferiu ficar apenas como torcedor.
BOTAFOGO + CASA&VÍDEO
Outro patrocínio que rendeu várias "piadas" para o alvinegro carioca foi a parceria com a loja "Casa&Vídeo", que decidiu fazer uma ação promocional na camisa do Botafogo.
Durante o jogo, o clube mostrou várias promoções relâmpagos que estavam na loja, como um secador (na imagem) na promoção do Dia das Mulheres.
Mas a parceria saiu pela culatra ao render mais memes que dinheiro para as partes.
Inclusive, essa camisa até rendeu uma piada do canal do Youtube "Porta dos Fundos", que depois foi parar em um longo processo entre o canal e o Botafogo. No final, o clube carioca perdeu a ação.
CORINTHIANS + DUCHAS CORONA
Mudando de alvinegro carioca para o paulista. O Corinthians também tem um histórico com patrocínios, no mínimo, curiosos.
Um dos primeiros foi esse de 1984, em uma parceria com a empresa de chuveiros Corona, que estampou, literalmente, um modelo de seu produto na camisa do timão.
A ação foi uma tentativa do Corinthians para manter Sócrates no clube, já que o alvinegro vivia uma crise financeira na época.
CORINTHIANS + JONTEX & AVANÇO
Outros patrocínios que ficaram marcados na história do Corinthians foi em 2009, mesma época em que Ronaldo Fenômeno chegara no clube.
Entre outros acordos publicitários que foram feitos, dois chamaram a atenção. O primeiro seria a da marca de preservativos Jontex, que ocupava a omoplata e o espaço master.
A parceria foi mal recebida pelos torcedores, que reclamavam de comprar os uniformes infantis com a marca.
Além deste, outro patrocínio que repercutiu foi a da marca de cosméticos Avanço, que na época tinha lançado uma linha de desodorantes masculino, assim sendo, nada mais justo que estampar a marca debaixo do braço da camisa.
CORITIBA + ARTISTAS
O Coritiba, em 2010, comemorou o seu centenário em grande estilo, com festas de artistas reconhecidos em todo o Brasil, como Ivete Sangalo, Claudia Leitte e a banda Skank.
Como em 2010 as redes sociais ainda não eram algo tão comum como é hoje, o clube decidiu anunciar os shows em suas camisas durante os jogos.
Assim, as apresentações dos artistas com as suas datas eram divulgadas no principal espaço da camisa e nas costas, rendendo uma baita repercussão.
JUVENTUDE + DVD
Antes do "boom" dos streamings, era comum as pessoas irem até locadoras de filmes escolherem os filmes que queriam ver. Parece antigo, mas isso era comum até o começo da década.
Naquela época em que as locadoras eram o principal lugar para alugar e ver filmes, o Juventude fez uma parceria com a marca que produzia os DVD's para estampar os últimos lançamentos.
Ao todo, vários filmes foram estampados na camisa do alviverde gaúcho.
Será que hoje em dia também daria certo os gigantes Amazon Prime e Netflix anunciarem as novidades do catálogo em algum clube?
RIO CLARO AC + PORTA DOS FUNDOS
O canal de humor do Youtube "Porta dos Fundos" foi citado aqui na lista em uma polêmica com o Botafogo. Mas a marca já se aventurou no futebol e foi considerado um sucesso.
Isso porque eles decidiram fazer uma ação com o Rio Claro, time do interior do São Paulo, que na época disputava a elite do Paulistão.
A parceria consistia em estampar o logo do canal em um lugar tanto quanto criativo... A imagem fala por si só.
FLUMINENSE + MTV
A década de 90 foi marcada pela chegada da rede televisiva MTV ao Brasil.
O canal jovem de música marcou uma geração inteira que via os clipes, os programas e os VJ's da rede de televisão.
Então, para divulgar a chegada do canal no Brasil, eles decidiram estampar a marca na parte de trás do uniforme do tricolor carioca.
VASCO DA GAMA + SBT
Entrando na onda das redes de televisão estampando a camisa de clubes brasileiros, não tem como não falar da icônica - e curiosa - parceria ente o SBT e o Vasco da Gama, em 2000.
A final daquele ano foi inteira histórica, isso porque o adversário do Gigante da Colina era a zebra do ABC Paulista, o São Caetano.
A história é longa, mas resumindo, o presidente do Vasco na época, o folclórico Eurico Miranda, havia se irritado com a TV Globo.
Ele não tinha gostado de como a emissora carioca havia coberto o acidente que acontecera no estádio do Vasco. Uma parte do alambrado caiu, na partida de ida, e o time foi duramente criticado.
Assim sendo, no jogo da volta, como uma forma de "provocar" a emissora, Eurico então decidiu estampar, de graça, o logo de um rival da Globo, o SBT.
E como era a final, eles tiveram que transmitir imagens do Vasco com a marca da emissora concorrente.
O "protesto" deu sorte. O Vasco venceu o São Caetano por 3 a 1 e se sagrou campeão brasileiro de 2000. Hoje, a camisa é considerada uma raridade para os colecionadores.
BÔNUS: SELEÇÃO BRASILEIRA + COCA-COLA
Esse é, sem dúvidas, um dos maiores - e mais polêmicos - capítulos da história da Seleção Brasileira.
Em 1987, o Brasil apareceu com o logo da gigante de bebidas Coca-Cola para um amistoso contra o Chile, mesmo sendo terminantemente proibido pela FIFA seleções usarem patrocínios em suas camisas.
A CBF já havia sido punida pela entidade ao usar a marca IBC no meio do logo da CBF, para tentar burlar a regra, mas não funcionou.
Vale lembrar que, naquele ano, a Coca-Cola era a patrocinadora do Campeonato Brasileiro e a maioria dos clubes estampavam a marca da empresa de bebidas.
O anúncio rendeu cerca de 40 mil dólares para a CBF (na época uma verdadeira grana), e foi apenas utilizada naquele jogo, que acabou na vitória do Canarinho por 2 a 1.
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