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Futebol / ESPECIAL

Que zebra! Relembre a trajetória do título da Grécia na Eurocopa de 2004

Equipe comandada por Otto Rehhagel surpreendeu o mundo ao derrotar Portugal na grande decisão

Guilherme Assumpção Publicado em 01/05/2020, às 16h51

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Equipe teve desempenho excelente na competição - GettyImages
Equipe teve desempenho excelente na competição - GettyImages

O ano de 2004 ficou marcado por conta de uma conquista completamente inesperada e que surpreendeu os amantes do futebol. Na Eurocopa realizada em Portugal, a grande campeã do torneio foi a Grécia, equipe que não estava entre as favoritas e que conseguiu superar todas as expectativas.

Mas como este time sem tanta expressão na história do futebol conseguiu surpreender a forte equipe de Portugal comandada por Luiz Felipe Scolari? Muito se explica através da chegada do treinador alemão Otto Rehhagel, que modificou a maneira dos gregos jogarem futebol e fez com que a campanha na Euro entrasse para a história.

Por todas estas nuances, o SportBuzz decidiu relembrar a incrível campanha da Grécia na Eurocopa de 2004 e separou todos os detalhes e mudanças que fizeram com que aquele time conquistasse o tão sonhado troféu.

OTTO REHHAGEL

A chegada do treinador alemão aconteceu no ano de 2001. Porém, seu trabalho não teve bons resultados no início e a equipe não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo de 2002. Apesar de sua contratação ter sido efetivada perto do final das Eliminatórias, a Grécia foi goleada pela Finlândia por 5 a 1 e viu qualquer chance de classificação ir embora.

A decepção de ficar fora da Copa fez com que Otto percebesse a necessidade de modificar algumas características da equipe grega para que os resultados fossem conquistados. Uma das primeiras mudanças foi a forma reativa de atuar. O treinador decidiu que o time deveria jogar defensivamente, aproveitando o erro dos adversários.

Com esta maneira de jogar não tão bonita, o desempenho começou a render frutos já nos amistosos e nas Eliminatórias da Euro. Embora os dois primeiros resultados tenham sido negativos, a Grécia conseguiu se recuperar diante da Armênia e iniciou um caminho incrível de vitórias e atuações.

Otto Rehhagel foi o responsável por mudar o estilo da seleção da Grécia (Crédito: GettyImages)

Já em 2003, a equipe não tomou conhecimento de seus adversários no grupo das Eliminatórias e se classificou em primeiro lugar, garantindo a vaga direta na fase de grupos da Euro 2004. Com o resultado, a forte Espanha teve que disputar a repescagem do torneio.

EURO 2004

Pela primeira vez na história, Portugal seria sede da competição europeia mais importante do mundo. Por isso, os torcedores e os apaixonados pelo esporte viam a seleção local como grande favorita por conta de seu forte elenco e por ter no comando da equipe um treinador campeão do mundo em 2002: Felipão.

Com o início da competição, os grupos foram divididos e a equipe anfitriã teve como adversários no pote A Rússia, Espanha e Grécia. O caminho não era fácil para nenhum dos times e a disputa foi intensa. A primeira surpresa já aconteceu logo na estreia e o resultado já era um indício do que viria a acontecer.

Felipão era o treinador de Portugal na competição (Crédito: GettyImages)

Portugal e Grécia foram as responsáveis por atuar no primeiro jogo da Euro. No estádio do Dragão, em Porto, a equipe azul e branca decidiu surpreender e abriu 2 a 0 no placar. Mesmo com o gol de honra marcado pelo jovem Cristiano Ronaldo, na época, a Grécia saiu com os três pontos e mostrou que sua ida ao torneio não seria apenas para passear.

Logo na sequência, o confronto foi diante da Espanha e o resultado terminou no empate em 1 a 1. No último jogo da fase de grupos, a Grécia foi surpreendida e derrotada pelos russos pelo placar de 2 a 1. Porém, este gol salvador fez com que a equipe terminasse na segunda posição do grupo por conta do número de gols marcados, o que mandou a Espanha mais cedo para casa. Com isso, Portugal e Grécia se classificaram para a próxima fase.

QUARTAS E SEMIFINAIS

Demonstrando muita confiança com os resultados adquiridos até o momento, a Grécia se preparou para enfrentar a França, atual campeã da Euro, nas quartas de final. Mais uma vez, a seleção decidiu surpreender o mundo e eliminou os franceses com um gol de cabeça marcado aos 19 minutos da segunda etapa por Charisteas, que aparecerá em outro momento importante da trajetória grega.

Zidane até que tentou, mas não conseguiu furar a retranca grega (Crédito: GettyImages)

Já nas semifinais, o adversário foi a República Tcheca, que também surpreendeu os amantes do esporte ao chegar com 100% de aproveitamento, com quatro vitórias em quatro jogos. A partida entre as equipes foi para a prorrogação muito por conta do destaque de Nikopolidis, goleiro grego que teve atuação impecável no duelo.

O torneio possuía uma regra chamada “gol de prata”, que daria a vitória ao time que saísse vencendo o primeiro tempo da prorrogação. Com isso, Dellas marcou o tento da Grécia restando dois segundos para o fim e garantiu a histórica classificação da seleção para a grande final da Eurocopa.

GRANDE FINAL

Quis o destino que as equipes que protagonizaram a estreia da competição se reencontrassem na grande decisão da Euro. Desta vez, a partida foi disputada no estádio da Luz e o país parou para acompanhar a possibilidade de Portugal ser campeão em sua casa.

Enquanto isso, a Grécia lutava para conquistar o maior feito da história do país em termos de esportes coletivos, já que não possuía nenhuma tradição dentro do futebol.

A partida começou sendo muito estudada entre as equipes e Portugal confiava no talento de Figo e de Cristiano Ronaldo para vingar a derrota na estreia do torneio. Já a Grécia, apostava em um estilo defensivo e esperando uma chance para aniquilar o adversário. E foi exatamente o que aconteceu.

Mais uma vez, o goleiro Nikopolidis teve ótima atuação durante os 90 minutos e viu sua equipe abrir o placar aos 12 minutos do segundo tempo. O gol foi marcado por Charisteas, o autor do tento salvador das quartas de final contra a França, de cabeça novamente.

Após sofrer o gol, Portugal tentou de todas as maneiras empatar a partida, mas as estratégias do time grego funcionaram e, depois do apito final, estava escrita a primeira página gloriosa da história da seleção.

ESCALAÇÕES DA FINAL

Portugal: Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira), Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente; Costinha (Rui Costa), Maniche, Luís Figo e Deco; Cristiano Ronaldo e Pauleta (Nuno Gomes). Téc. Luiz Felipe Scolari.

Grécia: Nikopolidis; Seitaridis, Dellas, Kapsis e Fyssas; Giannakopoulos (Venetidis), Basinas, Zagorakis e Katsouranis; Vryzas (Papadoupoulos) e Charisteas. Téc. Otto Rehhagel.


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