Gio Queiroz, do Barcelona, decidiu defender a Seleção Brasileira e garantiu que depois da escolha sobre assédio moral e psicológico no clube catalão
A ida para o Barcelona parece um sonho, mas para Gio Queiroz virou um pesadelo. A brasileira é uma das grandes promessas do futebol feminino nacional e com apenas 18 anos de idade se destacou com a camisa do Barça. No entanto, a sua passagem pelo clube espanhol se tornou um grande problema depois que a jogadora decidiu atuar pela Seleção Brasileira.
Depois de fazer uma denúncia formal sobre o assédio moral e psicológico sofrido no Barcelona, Gio Queiroz decidiu vir a público e explicar a situação. De acordo com a atleta, os problemas começaram a aparecer depois que ela decidiu defender as cores da Seleção Brasileira. Segundo a nota divulgada pela mesma, o departamento médico do Barça a confinou ilegalmente após a sua decisão de defender as cores do Brasil.
Primeiro recebi indicações de que jogar na seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro no clube. Apesar do desagradável e insistente assédio, não dei muita importância e atenção ao assunto", afirmou Gio Queiroz em nota divulgada em suas redes sociais.
A denúncia mais grave da jogadora aconteceu em fevereiro de 2021. Na época, a jogadora foi convocada para defender a Seleção Brasileira nos Estados Unidos, mas acabou tendo contato próximo com uma pessoa que teve Covid-19. De acordo com ela, o clube vetou a sua saída para jogar pelo Brasil e Gio revelou que ficou confinada de maneira ilegal pelo departamento médico.
Achando a situação estranha, ela entrou em contato com o departamento de saúde da Catalunha, que assegurou a jogador que não existia a necessidade de seguir o protocolo. Sendo assim, ela viajou com o elenco da Seleção Brasileira e em seu retorno teve uma reunião com um diretor do Barcelona. O profissional teria ameaçado a atleta e colocado o seu futuro em cheque por ter viajado sem autorização.
"Entrei em pânico. Temi por meu futuro. Havia participado das campanhas da Fundação Barça para a aprovação da lei de proteção de menores contra a violência e ao mesmo tempo, dentro do clube, estava totalmente desprotegida. Voltei para casa completamente arrasada. Chorei muitas vezes. Senti um enorme vazio. Não tinha força para lutar pelos meus direitos", finalizou.
Carta abierta al Presidente del FC Barcelona
— Gio 🇧🇷 (@gio9queiroz) March 29, 2022