Mandatário disse que não conseguiu identificar outra prova ou circunstância além da palavra do atleta Rubro-Negro
Redação Publicado em 24/12/2020, às 13h18
Em entrevista para a "TVE", realizada nesta quinta-feira, 24, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, anunciou que o meia Ramírez, acusado por Gerson de injúria racial durante a vitória do Flamengo pelo Brasileirão, será reintegrado ao elenco.
Pelo o que foi falado pelo meia do Fla na saída de campo, o colombiano teria dito "Cala boca, negro" durante uma discussão após o primeiro gol do time baiano enquanto o placar estava 2 a 1.
“O Ramírez, quando a gente tomou o segundo gol, não me lembro, reclamou do Bruno [Henrique]. E ele falou bem assim para mim: 'Cala a boca, negro'. Isso eu nunca sofri, em toda a minha carreira profissional, e não aceito. Não aceito. E o Mano, o Mano precisa respeitar”, declarou Gerson em entrevista ao "Premiere" depois da partida.
Depois de toda a repercussão, Ramírez negou a acusação, alegando posteriormente, em vídeo, que disse "Jogar sério".
"A gente esforçou e não conseguiu identificar outra prova ou circunstância além da palavra da vítima. Isso não é um reducionismo. A palavra da vítima é relevante e importante. Ponto. Não consegui cravar que a decisão mais correta seria abandonar a presunção de inocência de Ramírez. Consolidamos a ideia que ele deve continuar no clube, ser reintegrado imediatamente e ficarmos atentos aos processos que estão acontecendo: política, Ministério Público, STJD, Entendendo que qualquer outro fato que surja vai merecer análise. Procurei orientação, sou dono das minhas decisões, a responsabilidade é minha. O Bahia seguirá firme e eu peço a confiança das pessoas. Existe aí um recado muito forte de que temos muito mais para fazer", disse Benlintani.
O jogador havia sido afastado dos trabalhos junto ao restante do elenco do Bahia depois do caso.
Na oportunidade, o Tricolor afirmou que o meia-atacante negou as acusações sofridas, mas decidiu afastar o atleta até que a apuração do caso fosse concluída.
