Meio-campista tem contrato até o final do ano e relação com o Galo é cada vez mais conturbada
Guilherme Assumpção Publicado em 19/05/2020, às 16h07
A relação do meia Cazares com o Atlético Mineiro parece ter azedado de vez. Após declarações do empresário do jogador de que o contrato não será renovado, foi a vez do presidente Sérgio Sette Câmara soltar o verbo a respeito do futuro do equatoriano.
Em live realizada juntamente com o jornalista Afonso Alberto, o dirigente do Galo não poupou palavras ao comentar a situação de Cazares. Sette Câmara lamentou os problemas disciplinares na carreira do meia.
“O Atlético investiu um dinheiro na época quando trouxe ele do Banfield. O Jorge Marino (empresário) levou um percentual na negociação, o jogador deve ter levado luvas na época, um salário elevado, o jogador teve problemas aqui durante um período, vai pro jornal usando a camisa do clube com nosso patrocinador por conta de mau comportamento, denegrindo a imagem do clube. Isso também pesou muito na carreira do Cazares”, iniciou o mandatário.
“Fez grandes partidas? Fez, mas também fez péssimas partidas. Também teve um comportamento não condizente com um atleta de futebol com um salário que ele tem. Eu me lembro que estive tentando negociar o Cazares com um xeque em Dubai, nos Emirados Árabes, e ele me deu a ficha completa do Cazares. Hoje em dia, o cara entra no google e vê tudo do jogador. No caso do Cazares, o extracampo é, no mínimo, questionável, que não ajuda”, acrescentou Sette Câmara.
Questionado sobre qual deve ser o futuro de Cazares no Atlético-MG, o presidente atleticano deixou muito claro que o contrato até o final do ano deve ser cumprido. De acordo com ele, assim que deixar o clube, Cazares deve cobrar“até o último centavo do último dia do contrato em vigor”.
“Ele tem um contrato. Tem de cumprir. Ele vai querer exigir da gente, quando for embora, até o último centavo do último dia do contrato em vigor”, explicou.
“Se ele não quer ficar no Atlético, o azar é o dele. Ele cumpre o contrato até o final e vai para onde quiser. O Atlético tem 112 anos de história. Não existe ninguém insubstituível no clube, muito menos o Cazares. Não é ele que vai fazer que a gente fique de joelho”, disparou o dirigente.
“E ele não se valorizou como poderia. É uma pena, nós conhecemos esta história e onde ela vai acabar. Eu tenho o direito de ficar com ele aqui até o último dia do contrato. E, durante esse período, se aparecer alguma proposta, a gente vê se consegue negociar e repor aquilo que investimos nele”, finalizou.
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Jorge Sampaoli 
