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Futebol / FINANÇAS!

Presidente do Atlético-MG admite atraso de salários e pede ajuda à CBF: "Vai ficar pior"

Dirigente revelou as dificuldades no pagamento da folha salarial do clube

Izabella Macedo Publicado em 25/05/2020, às 16h40

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Presidente do Atlético-MG admite atraso de salários e pede ajuda à CBF - Transmissão TV Galo
Presidente do Atlético-MG admite atraso de salários e pede ajuda à CBF - Transmissão TV Galo

A grave crise financeira provocada pela pandemia de coronavírus em todo o mundo chegou aos cofres do Atlético-MG.

Em entrevista ao Blog do Mauro Cezar Pereira, o presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara comentou que o clube está com atrasos de salários com jogadores, comissão técnica e funcionários.

O mandatário afirmou que todos os funcionários estão com pagamentos atrasados e a situação pode se intensificar se o futebol continuar parado.

"Estamos nos esforçando para minimizar essa situação. Praticamente todos os clubes estão. E vai ficar pior. Se o futebol continuar sem receitas vamos todos para o buraco", disse.

Apesar das dificuldades, Sette Câmara garante que o clube está trabalhando para que tudo que for relacionado aos pagamentos se normalize ainda nesta semana.

"Até o fim do mês a intenção é colocar todos os salários em dia. Estamos viabilizando o pagamento para os próximos dias. Mas inegavelmente, a permanecer essa situação de paralisação por mais um ou dois meses, os clubes terão muitos problemas. Todos!", ressaltou.

O presidente ainda revelou que tal atraso poderia ter sido evitado se o dinheiro utilizado para quitar a dívida na FIFA, pela compra de Maicosuel junto à Udinese-ITA, fosse usado pelo clube.

O Galo tentou prorrogar o pagamento do débito, alegando que com a pandemia da Covid-19, o clube ficou sem receitas.

"Daria para ter quitado quase duas folhas de pagamento, incluindo atletas, comissão técnica e funcionários (com o dinheiro usado na dívida do Maicosuel)",  disse em entrevista à Rádio 98FM.

Sette Câmara também entende que neste momento, os clubes deveriam ter uma linha de crédito com a ajuda da CBF.

"Seria um empréstimo para ser pago em descontos no decorrer desse ano e 2021. Se algo não for feito, não tem milagre. Sem absolutamente nenhuma receita, os clubes do futebol brasileiro não conseguirão honrar pagamentos de todo gênero- explicou o dirigente, que nos últimos meses reduziu salários de elenco , comissão técnica e funcionários em 25%, liberou jogadores e demitiu 50 pessoas de vários setores", finalizou.