Sérgio Sette Câmara revelou que o clube teve cortes de verba significativos no último mês
Lucas Miluzzi Publicado em 04/05/2020, às 19h49 - Atualizado às 20h34
A situação econômica do Atlético Mineiro não é das melhores, principalmente depois da paralisação do futebol brasileiro. O clube teve sérios cortes de verbas relacionados ao direito de transmissão, além de outras reduções em fontes que geravam lucro para a equipe manter a sua saúde financeira estável.
Em entrevista exclusiva ao Fox Sports, Sérgio Sette Câmara, presidente do Galo, deu maiores detalhes sobre as finanças do time mineiro. Um dos principais problemas enfrentados pela equipe durante essa parada é a dificuldade em gerar receitas para a equipe.
"Acho que não tem muito segredo. A situação do Atlético é muito similar a da maioria dos clubes. Não há absolutamente nenhuma receita mirabolante. Os times estão sem a receita das bilheterias. O mercado para a venda de jogadores, que considero a maior fonte de arrecadação dos clubes, fechado. Então, sem esses mercados, estamos também sem a receita de negociação de atletas”, disse.
Ele ainda destacou a importância que a receita dos direitos de trasmissão possuem sobre as economias do clube. O dirigente relatou que a "televisão fezuma proposta que reduz significativamente o valor que temos a receber. Não temos venda de camisas nem sócio-torcedor. Então, se não tem receita, não tem muito segredo. A dificuldade é muito grande”
Mesmo com todas essas dificuldades em criar receitas e continuar com as contas em dia, Sette Câmara ainda disse como o Atlético vem fazendo para que esse dinheiro não falte no caixa da equipe.
"Estamos tentando encontrar algumas soluções paliativas, aplicando a medida provisória naquilo que é possível, e acreditamos que vamos conseguir passar a duras penas por esse período. As coisas só tendem a ter alguma normalização com a volta do futebol, que eu acredito que só vá acontecer a partir de julho, e olhe lá”, explicou.
Por fim, o presidente ainda contou que os problemas com a Fifa acabaram deixando o Galo com uma situação financeira ainda mais complicada durante esse período cheio de incertezas.
“No nosso caso em especial, tínhamos até algum montante para sobreviver durante algum período, mas tivemos um problema junto à Fifa e tivemos que honrar. E por conta da crise, o valor a ser pago teve um aumento de 30%. Então o aperto é muito grande”, concluiu.
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