Técnico da seleção tetracampeã ainda destacou a atuação de Dunga na partida
A retransmissão da final da Copa do Mundo de 1994 entre Brasil e Itália, no último domingo, 26, mexeu com a emoção do treinador da seleção na época, Carlos Alberto Parreira.
Em entrevista ao site Globo Esporte, Parreira disse ter se emocionado ao rever o triunfo brasileiro sobre o adversário.
"Vi o jogo e foi uma emoção pura. Fiquei tocado. O Bebeto chorando dando a entrevista com o Romário…Aquele grupo, os jogadores, a comissão técnica.. Vinte e seis anos depois, todo mundo se sentiu emocionado. Amigos me ligaram falando “que bacana, que emoção”. Esse jogo teve a capacidade de emocionar, mesmo depois de tanto tempo, mesmo já sabendo o final. Foi bacana recordar", disse.
O ex-treinador também afirmou que a reprise serviu para derrubar estigmas e mostrar para as novas gerações a real qualidade daquele time.
"Foi feito um resgate. Muita gente falava sem ter visto. As pessoas viram que esse time não ganhou por acaso. Para se ganhar uma Copa do Mundo tem que ter qualidade. E aquele time tinha. Muita gente que não conhecia o time e nunca tinha visto jogar e falava bem ou falava mal. O time mostrou porque foi campeão do mundo", contou.
O título de 94 foi ainda mais especial para o comandante, já que o Brasil estava em um jejum de 24 anos sem realizar conquistas mundiais e por conta disso, a geração daquele ano teve que conviver com rótulos de realizar um jogo “defensivo” e “pragmático”, que não faziam parte das características brasileiras.
"O rótulo 'defensivo' não era correto. Aquele time nunca foi defensivo ou 'à lá europeu'. Ele não era defensivo, era organizado. Muita gente até hoje não entende essa diferença. Nunca fomos defensivos. Quais são as características da seleção brasileira? Linhas de quatro, marcação por zona ocupando os espaços e toque de bola. Aquele time era exatamente isso. Organizado sem a bola - cada um sabia seu espaço e suas responsabilidades - e que jogava com a bola. Vocês viram o Cafu apoiando, o Branco apoiando… Toda hora os laterais passavam. Até o Mauro Silva, às vezes ia à frente. Tinha nada de time europeu, sempre foi um time brasileiro", disse antes de completar.
"Sem a bola, sim, nos defendíamos bem, ficávamos com oito atrás da linha da bola. Bebeto e Romário não marcavam até porque não seria inteligente de nossa parte e não era característica deles. Deixávamos eles fresquinhos para puxar as jogadas de ataque", concluiu.
"O time da Itália era muito bom. Tinha Baresi, Baggio, Maldini, Albertini, Massaro, Donadoni, Pagliuca… Era um timaço, muito bem organizado. O primeiro tempo todo atrás, aquele jogo italiano. O Brasil se impôs o tempo todo, jogou muito. Foi um 0 a 0, mas de duas grandes equipes. Foi um jogo difícil para cacete, muito estudado. Se você mexesse uma peça errada, você não perdia só um jogo, você perdia a Copa", pontuou.
Além da dificuldade em encarar uma equipe do nível da Itália, o ex-treinador ainda apontou um outro fator que poderia ter desestabilizado a todos.
"O jogo foi disputado às 12h, a uma temperatura de 39º, 40ºC, foi para prorrogação. Não foi brincadeira. O time se superou. Todo mundo jogou muito. Tivemos só uma cãimbra, vale elogios à preparação física", lembrou.
"O Dunga foi muito criticado, mas jogou demais. O próprio Galvão elogiava ele o tempo todo na transmissão. Ele roubava bola, tocava, esticava, virava jogo. Um espetáculo. Todos jogaram demais, mas cito ele por ter sido muito criticado", finalizou.
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