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Futebol / SELEÇÃO ARGENTINA

Papa Francisco descreve Diego Maradona: “Um poeta, um campeão e um homem muito frágil”

Pontífice relembra suas memórias da Copa do Mundo de 1986, vencida pela Seleção Argentina

Redação Publicado em 02/01/2021, às 18h46

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Papa Francisco descreve Diego Maradona: “Um poeta, um campeão e um homem muito frágil” - GettyImages
Papa Francisco descreve Diego Maradona: “Um poeta, um campeão e um homem muito frágil” - GettyImages

Neste sábado, 02, o Papa Francisco não poupou elogios para falar de Diego Maradona. A morte do ídolo do futebol, em 25 de novembro, comoveu milhões de argentinos e não foi diferente com o pontífice, torcedor assumindo do San Lorenzo.

Em entrevista ao jornal italiano “Gazzetta dello Sport”, o primeiro papa sul-americano descreveu Maradona como um “poeta” e um “homem muito frágil”.

“Conheci Diego Armando Maradona em um jogo pela paz em 2014. Lembro com prazer tudo o que Diego fez pela Scholas Occurrentes, a Fundação que cuida dos mais necessitados do mundo. No campo ele foi um poeta, um grande campeão que deu alegria a milhões de pessoas, tanto na Argentina como em Nápoles. Ele também era um homem muito frágil”, disse o Papa Francisco.

Na entrevista, o pontífice contou como recebeu a notícia da morte de Maradona. “Quando eu soube de sua morte, orei por ele e enviei um rosário para sua família com algumas palavras de consolo”, declarou.

Muitos anos antes de se tornar Francisco, Jorge Bergoglio estudava em Frankfurt na época em que Maradona brilhava com a Seleção Argentina na Copa do Mundo de 1986. O Papa, de 84 anos, ainda citou suas primeiras memórias com o futebol em Buenos Aires.

“Tenho uma memória pessoal ligada à Copa do Mundo de 1986, aquela que a Argentina conquistou graças ao Maradona. Eu estava em Frankfurt, foi um momento difícil para mim, estava estudando o idioma e recolhendo material para a minha tese. Não tinha conseguido ver a final da Copa e só no dia seguinte soube da vitória da Argentina sobre a Alemanha, quando uma japonesa escreveu "Viva Argentina" no quadro durante uma aula de alemão. Pessoalmente, lembro-me como a vitória da solidão, porque não tinha com quem compartilhar a alegria daquela vitória esportiva. O que embeleza a alegria é poder compartilhá-la”, declarou.

“Lembro-me muito bem e com prazer de que, quando criança, minha família ia ao El Gasómetro (o primeiro estádio do San Lorenzo). Lembro-me, em particular, do campeonato de 1946, aquele que meu San Lorenzo ganhou. Lembro-me daqueles dias que passei assistindo aos jogadores e a alegria das crianças quando voltamos para casa. A alegria, a alegria no rosto das pessoas, a adrenalina no sangue. Aí eu tenho outra memória, a da bola de trapos. Couro era caro, e éramos pobres. Uma bola de trapos era suficiente para nos divertirmos e quase fazer milagres jogando na pracinha perto de casa”, completou.