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Futebol / DIGA NÃO AO RACISMO!

O “basta” do futebol inglês contra o racismo nas redes sociais

Equipes e jogadores da Premier League se pronunciam sobre abusos racistas na internet

Redação Publicado em 09/04/2021, às 16h23 - Atualizado às 18h04

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Willian em campo com a camisa do Arsenal - Getty Images
Willian em campo com a camisa do Arsenal - Getty Images

O boicote de times ingleses às redes sociais como forma de protesta contra o racismo online começou na última quarta-feira, 7, com o time galês Swansea e ganhou mais força com a adesão de mais duas equipes: Glasgow Rangers e Birmingham City.

Ao anunciar o boicote, o Swansea afirmou que todos os funcionários e jogadores das equipes masculina, feminina e juvenil passariam uma semana sem postar nada em todas as suas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, Snapchat, YouTube e TikTok).

Depois disso, o Twitter oficial da Premier League, maior liga de futebol do país, se pronunciou, usando a #StopOnlineAbuse (Pare com abuso online) e divulgando uma entrevista do jogador brasileiro Willian, do Arsenal, que tem sido umas das principais vozes do movimento a denunciar insultos racistas nas redes sociais.

Willian cedeu a entrevista ao jornal britânico The Times. Nela, ele disse que os trolls racistas precisam ser punidos severamente e revelou que os abusos que ele e sua família sofreram o deixaram com medo de acompanhar suas próprias contas nas redes sociais.

O brasileiro acha que as empresas de tecnologia devem tornar obrigatório para os usuários o upload de um passaporte ou carteira de identidade para torná-los facilmente responsáveis por suas ações.

“Essas pessoas têm que pagar por isso. Se eles querem me criticar, eu aceito. Mas quando eles vêm atacar sua família com aquelas palavras que não posso dizer aqui, isso dói”, disse Willian.

Ele desabafou, afirmando ficar abalado quando falam sobre sua família.

“Foi muito difícil para mim porque tenho muitos amigos nas minhas redes, e passei a ver palavras horríveis contra minha família. Depois disso, basta. Você tem que tentar algo para agir contra o racismo e o abuso online. Precisamos que as autoridades ajam. A Premier League, a Uefa e a Fifa têm que nos apoiar”, completou.

Outras figuras importantes que se manifestaram foram o ex-jogador e ídolo do Arsenal, Thierry Henry e Jordan Henderson, capitão do Liverpool, que chegou a considerar sair de suas redes sociais, mas optou por uma opção diferente. Entregou o controle de suas contas de mídia social à Cybersmile Foundation, com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o impacto do abuso online sobre as vítimas.

Henry anunciou há duas semanas, o fechamento de todas as suas contas em redes sociais, em protesto contra a falta de ação das plataformas digitais em relação ao racismo online. O Arsenal foi um dos primeiros a se manifestar, e depois disso, entrou mais diretamente na campanha.

Na semana em que o ídolo do clube saiu das redes, a equipe anunciou que passaria a dedicar espaço em suas mídias sociais ao protesto contra o racismo nas redes, destacando imagens enviadas pelos fãs.