Craque revelou que, além dele, outros grandes nomes seguirão no elenco da Raposa
Pedro Ungheria Publicado em 26/05/2020, às 10h09
O Cruzeiro está passando pelo momento mais complicado de sua história. O clube mineiro, que coleciona títulos de expressividade, teve um 2019 para se esquecer. Além das crises financeiras e administrativas, o rebaixamento para a série B do Campeonato Brasileiro marcou o ano como o mais triste de toda sua história.
Durante o ‘Bem, Amigos’, atração noturna da SporTV, o lateral Edilson abriu o jogo e quebrou o silêncio sobre a situação. Incomodado com o momento, o craque lamentou o ocorrido e afirmou que os torcedores são os que mais sofrem com tudo isso, afinal, são eles que pagam o ingresso para acompanhar o time do coração.
“O que fizeram com Cruzeiro no ano passado dói para nós jogadores. Quem permaneceu está sofrendo com tudo isso. Mas quem mais sofre é o torcedor. É ele que paga o ingresso. Ainda mais entrando 2019 com um elenco bom, fazendo um primeiro semestre muito bom, e de repente tudo desmorona. Tentamos achar soluções em campo, mas ficamos sem confiança e não conseguimos encontrar forças. Foi um ano para se esquecer. Lamentamos muito”, começou dizendo ele.
Mostrando que a equipe está disposta a dar a volta por cima, o atleta afirmou que o momento é de reconstrução, onde todos devem se abraçar e mostrar que estão juntos no objetivo de trazer o clube de volta para a série A do Brasileirão.
“Mas temos que abraçar, disputar a Série B e tentar nos reerguermos. Se ficarmos remoendo, não vamos conseguir dar a volta por cima e fazer o mínimo, que é colocar o Cruzeiro na Série A de novo”, afirmou.
Sem fugir do assunto, ele ainda deixou claro que não tem pretenção de deixar a Toca da Raposa tão cedo, nem ele, e muito menos os jogadores mais experientes da atual composição. Em seu ponto de vista, o ideal é que os ‘medalhões’ estejam a disposição de Enderson Moreira para a montar uma equipe forte e vencedora.
“Eu vou ficar. Não tem a mínima possibilidade de eu sair. Robinho, Fábio, Léo, Ariel Cabral são alguns dos mais experientes que ficaram. O Fábio para mim é o maior ídolo da história do Cruzeiro. É um cara que quando fala no vestiário, eu sempre ouço. É uma das maiores lideranças que tive como jogador de futebol. O time passou por uma reformulação muito grande. Quem ficou sabe da situação do clube”, enfatizou.
Por fim, ele ainda fez uma grande revelação sobre as condições de permanência que aceitaram, sempre respeitando os demais que tiveram a opção de deixar o clube, sabendo que estariam por viver um dos momentos mais complicados.
“Diminuímos 70% até 80% dos salários. Estamos abraçados com o Cruzeiro. Tivemos hombridade de reconhecer que todos erramos e encarar essa Série B. Mas não podemos falar de quem saiu, enquanto estiveram conosco foram homens”, finalizou.
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