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Futebol / NAS ALTURAS!

LIBERTADORES: Times brasileiros mandam bem em altas altitudes? Confira o retrospecto!

Analisamos os últimos resultados das equipes brasileiras que estão no torneio e quem serão seus adversários nesta edição

Lucas Cesare Publicado em 27/04/2021, às 14h36 - Atualizado às 19h20

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Equipes brasileiras costumam ter dificuldade ao enfrentar adversários na altitude - GettyImages
Equipes brasileiras costumam ter dificuldade ao enfrentar adversários na altitude - GettyImages

A Copa Libertadores da América é muito marcada por suas equipes com excelente qualidade técnica, pela rivalidade, pela catimba muitas vezes presente nos jogos e, antes dos tempos de pandemia, pela pressão realizada pelas torcidas fanáticas do futebol latino.

Todos esses fatores são somados na hora de caracterizar o torneio, mas há outro aspecto da principal competição da América do Sul que costuma preocupar muito, principalmente as equipes brasileiras, fazendo-as literalmente perder o ar: enfrentar adversários que jogam na altitude.

Jogar em lugares muito acima do nível do mar acaba prejudicando as equipes de nosso país, pois, como o Brasil possui altitudes modestas, quando os times visitam regiões que estão acima de dois, três ou quatro mil metros de altitude, acabam por sofrer com alguns sintomas característicos, como a fadiga, incapacidade de raciocínio e existe até mesmo alteração na velocidade da bola, em função do ar rarefeito nesses locais.

Analisamos o retrospecto das equipes brasileiras que estão disputando a Libertadores, contra equipes que jogam na altitude, nos últimos cinco anos e o resultado comprova a dificuldade existente nesses confrontos. Ao todo, em 24 partidas disputadas, houveram apenas sete vitórias de times brasileiros contra 12 vitórias dos rivais e outros cinco empates.

PALMEIRAS

O Palmeiras é um dos que menos têm sofrido com a altitude nos últimos anos. Em três partidas disputadas nessas circunstâncias, o alviverde foi derrotado apenas em 2017, quando perdeu por 3 a 2 para o Jorge Wilstermann, jogando na altitude de 2570 metros de Cochabamba, na Bolívia.

Nos confrontos mais recentes, os paulistas derrotaram o Melgar, por 4 a 0, na fase de grupos da Libertadores de 2019 e o Bolívar, por 2 a 1, na edição de 2020, na qual saíram campeões.

Nesta edição do torneio o Palmeiras enfrentará o Independiente del Valle pelo grupo A, sediado na cidade de Sangolquí, em Quito, a 2850 metros de altitude.

Renan comemora seu primeiro gol pelo Palmeiras (Crédito: GettyImages)

INTERNACIONAL

Nos últimos anos a equipe colorada só disputou competições internacionais em duas ocasiões (2019 e 2020) e em ambas não enfrentou equipes que jogam na altitude.

Porém, nesta edição do torneio a equipe gaúcha caiu no grupo do Always Ready, equipe boliviana que atua na cidade de La Paz, localizada a 3640 metros acima do nível do mar e saiu derrotada por eles (2 a 0) no primeiro confronto do Grupo B.

Jogadores do Inter comemorando gol contra o América de Cali (Crédito: GettyImages)

SANTOS

O Santos não costuma ter vida fácil jogando na altitude. Nas últimas cinco temporadas se deparou quatro vezes com esta situação, saindo vitorioso em apenas uma delas, de resto foram dois empates e um revés.

Em 2017, o alvinegro empatou com Independiente Santa Fé, da Colômbia e com The Strongest, da Bolívia, ambos pela fase de grupos. No ano seguinte, perdeu, por 2 a 0, para o modesto Cusco, do Peru, a uma altitude de 3399 metros. Por fim, em 2020, derrotou a LDU, por 2 a 1, em Quito, no Equador.

Pelo grupo C da Libertadores 2021, o Santos reencontrará o The Strongest, na altitude de 3640 metros de La Paz.

Santos e Boca Juniors se enfrentaram na semifinal da Libertadores 2020 (Crédito: GettyImages)

FLUMINENSE

O Fluminense, que não disputava a principal competição continental há oito anos, se deparou algumas vezes com a altitude quando disputava a Copa Sul-Americana. Em 2017, o Tricolor das Laranjeiras derrotou a Universidad Católica do Equador, por 2 a 1, na segunda fase do torneio e posteriormente, foi derrotado pela LDU, nas oitavas, também por 2 a 1.

Já em 2018, mais dois reveses. 2 a 0 para o Nacional Potosí, da Bolívia, na primeira fase e posteriormente 2 a 0, nas oitavas, contra o Deportivo Cuenca, do Equador.

Nesta edição da Libertadores, o Fluminense tem pela frente o Independiente Santa Fé, da Colômbia, que atua a uma altitude de 2650 metros, em Bogotá.

Jogadores do Fluminense comemoram gol pelo Carioca (Crédito: GettyImages)

SÃO PAULO

O Tricolor Paulista é o time que mais sofreu nas mãos de equipes que jogam na altitude nos últimos anos. Em quatro jogos disputados, a equipe do Morumbi conseguiu apenas um empate e perdeu os outros três confrontos.

Em 2016, na sua melhor campanha em Libertadores dos últimos anos, o São Paulo empatou por 1 a 1 contra o The Strongest na fase de grupos e depois perdeu para o Toluca, do México, por 3 a 1 nas oitavas. Já em 2020, foi derrotado duas vezes na fase de grupos, uma para o Binacional, do Peru e outra para a LDU, do Equador.

O São Paulo não tem equipes que jogam na altitude em seu grupo nesta edição da Libertadores.

FLAMENGO

O rubro-negro foi o que mais enfrentou equipes na altitude nos últimos anos. Ao todo foram cinco partidas disputadas, em que a equipe venceu apenas uma. Nesta edição, terá a LDU pela frente, no grupo G do torneio.

Em 2018, os cariocas empataram sem gols com o Independiente Santa Fé na fase de grupos do torneio, depois, no ano seguinte, venceram o San José da Bolívia por 1 a 0 e perderam para a LDU por 2 a 1, também na fase de grupos.

Por fim, em 2020, a equipe empatou por 2 a 2 com o Independiente del Valle no primeiro confronto da Recopa Sul-Americana e depois foi goleado pela mesma equipe na Libertadores, quando perdeu por 5 a 0.

Vitinho comemorando gol pelo carioca (Crédito: GettyImages)

ATLÉTICO-MG

O Galo disputou três partidas na altitude nos últimos anos, onde saiu vitorioso em duas. Na Libertadores 2021, os mineiros, no grupo H, não terão que lidar com esta situação, pelo menos por enquanto.

Em 2016, a equipe derrotou o Melgar, por 2 a 1, e perdeu, por 3 a 2, para o Independiente del Valle, na fase de grupos daquele ano. Depois, apenas em 2019, derrotou o La Equidad, da Colômbia, por 3 a 1, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.