Raposa não cumpriu acordo com jogador, mas diretoria deseja contar com o atleta na disputa da Série B
Guilherme Assumpção Publicado em 27/03/2020, às 16h57
A situação do lateral Dodô com o Cruzeiro virou uma verdadeira novela. O clube mineiro não exerceu a compra obrigatória do jogador após os objetivos estabelecidos no contrato serem cumpridos e o caso foi parar na Justiça. Dodô teria que disputar três jogos e o time mineiro atingir 15 pontos no Campeonato Brasileiro para o clube exercer a compra do jogador.
Mesmo com todos os objetivos cumpridos, o Cruzeiro não comprou os direitos de Dodô por enfrentar grande crise financeira. Agora, o lateral pede, na Justiça, que seu contrato seja validado e que seu retorno aos trabalhos com o elenco seja concretizado.
Porém, nesta sexta-feira, 27, a Justiça do Trabalho negou a tutela de urgência que Dodô solicitou. O lateral tem como objetivo validar o contrato com o Cruzeiro até 2023, conforme previa o vínculo de empréstimo com a Sampdoria, da Itália. O pedido de urgência foi requerido na última terça-feira, 24. As informações são do site Globo Esporte.
Mesmo com o pedido negado, o jogador pode entrar com um recurso. A decisão foi tomada pela juíza Luciana Alves Viotti, titular da 39ª Vara do Trabalho em Belo Horizonte. Uma audiência entre as partes está marcada para o dia 2 de junho.
Com todo o imbróglio envolvendo a situação de Dodô, o Cruzeiro estuda a possibilidade de entrar em um acordo com o atleta. Isto porque, o novo comando de futebol do clube gosta muito do lateral e deseja contar com sua presença no elenco cruzeirense. No entanto, a reintegração de Dodô depende do aval departamento jurídico do time mineiro.
A informação sobre a vontade do Cruzeiro em contar com Dodô foi divulgada pelo site Superesportes. Contudo, as partes teriam que chegar em um acordo devido ao alto salário recebido pelo atleta. Ao todo, Dodô recebia R$ 330 mil, valor muito acima do teto estipulado pela diretoria para este ano.
“Eu, particularmente, gostaria muito do retorno do Dodô. É uma opinião pessoal. Entendo que ele poderia nos ajudar muito na Série B. Mas nosso financeiro não anda de acordo com as nossas vontades. Eu acho que vale tentar resolver o problema. Como já está na Justiça, a gente ganha um pouco mais de tempo para conversar. Esse processo surgiu essa semana, ainda não tive tempo de tratar com o Drubscky, mas buscaremos encontrar uma solução”, explicou Carlos Ferreira Rocha, interlocutor da Raposa, em entrevista ao site Superesportes.
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