Brasileiro naturalizado ucraniano, atacante Junior Moraes está em hotel com outros companheiros do Shakhtar Donetsk após ataque da Rússia à Ucrânia
Brasileiro naturalizado ucraniano, o atacante Junior Moraes pode ser convocado para o exército da Ucrânia após a invasão da Rússia, na madrugada da última quinta-feira, 24. Revelado pelo Santos, o atleta de 34 anos está em um hotel em Kiev com outros brasileiros e aguarda uma resposta do pedido de ajuda ao Governo do Brasil para deixar o país europeu. A informação é do “Globo Esporte”.
Junior está longe da esposa Priscila e dos dois filhos, que ficaram no Brasil depois das férias no fim de 2021. Para os compromissos com Shakhtar Donetsk, ele viajou até a Turquia para a intertemporada e chegou à Ucrânia nesta semana, dias antes do ataque militar comandado pelo presidente russo, Vladimir Putin.
A situação do atacante naturalizado ucraniano se parece com a do volante Edmar, que em 2014 chegou a ser convocado pelo exército para participar da guerra de anexação da Crimeia pela Rússia. Ele foi liberado após uma intervenção de seu clube. Junior Moraes faz parte do grupo proibido de sair do país pelo presidente Volodymyr Zelensky.
Na noite da última quinta-feira, o presidente ucraniano declarou estado de mobilização geral no país durante 90 dias. A medida não permite que cidadãos do sexo masculino deixem a Ucrânia enquanto a legislação permanecer em vigor. A medida ainda convoca os recrutas e reservistas aptos para o serviço, que deverão se apresentar às instituições militares.
Junior Moraes chegou ao futebol ucraniano em 2010, para defender o Metalurg Donetsk depois de encerrar a sua passagem pelo Gloria Bistrita, da Romênia. Recém-contratado, ele não chegou a atuar pelo time da Ucrânia e já foi emprestado ao CSKA Sofia, da Bulgária, por uma temporada. De volta ao Metalurg, ele iniciou sua trajetória no país e chegou à Seleção Ucraniana.
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Depois de uma breve passagem pelo Tianjin Tianhai, da China, ele retornou à Ucrânia para defender o Shakhtar Donetsk, em 2017. Com 26 gols em duas temporadas seguidas pelo clube, ele chamou atenção do técnico Andriy Shevchenko, ex-atacante, para tirar a cidadania ucraniana e passar a defender a seleção nacional, onde soma 11 jogos e um gol marcado.