Treinador se colocou à disposição do clube e tenta contribuir com a redução salarial
Lucas Miluzzi Publicado em 30/03/2020, às 17h07 - Atualizado às 17h39
O Atlético Mineiro anunciou no último domingo, 29, por meio de suas redes sociais, que vai reduzir os salários de jogadores e comissão técnica em 25% para evitar que o time sofra um colapso financeiro em um futuro próximo. A decisão gerou bastante polêmica, pois alguns atletas do clube se mostraram contra essa atitude.
Antes da decisão ser oficializada, em entrevista aos canais Fox Sports, o lateral-esquerdo Guilherme Arana foi questionado sobre a temática e não se mostrou disposto a reduzir seus vencimentos mensais.
"O pessoal do Atlético passa para nós e estamos discutindo. Porém ainda não tomamos nenhum posicionamento porque ali são os capitães que estão conversando entre eles, capitães de todos os clubes. Acho que não justifica (redução). Está paralisado porque deve paralisar, você vê na televisão pessoal comentando para evitar ficar na rua porque a coisa é muita séria, e eu acho que a gente, jogador, não tem nada a ver com isso. Temos que seguir as coisas que o pessoal vem passando na TV, o que os doutores falam. Essa redução de salário, na minha opinião, não convém porque é o mundo que está paralisando. Nós, jogadores, vamos ter nossas reuniões, e vamos entrar em um bom senso. A melhor coisa sairá, tanto para o Atlético quanto para nós, jogadores", falou em entrevista ao programa Fox Sports Rádio.
No entanto, a diretoria do Galo decidiu tomar essa atitude e Jorge Sampaoli demonstrou todo o seu apoio em relação a decisão dos cortes de salário. Para o treinador é momento de solidariedade e essa seria uma maneira de ajudar a combater o novo coronavírus, além de ajudar a saúde financeira do Atlético.
"Decidimos diminuir nosso salário. Isso vai além de ser solidário ou não: existe uma situação no planeta que se reflete na situação do clube e, como sou privilegiado, posso contribuir para tentar superá-la da melhor maneira", ressaltou.
Vale lembrar que a medida atinge, além de comissão técnica e jogadores, a diretoria e profissionais que recebem mais de cinco mil reais. Quem está abaixo desse teto terá seu salário mantido pelo clube.
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Jorge Sampaoli 
