Sérgio Fernando, de 38 anos, foi confundido como um torcedor do Flamengo durante o clássico carioca, no Nilton Santos
Gabriela Santos Publicado em 08/11/2019, às 14h47
Na noite da última quinta-feira, 7, Botafogo e Flamengo se enfrentaram no Nilton Santos, pelo Brasileirão. Cenas chocantes de violência entre torcedores foram registradas dentro e fora do estádio.
Durante o clássico, Sérgio Fernando Pacheco Cavalcanti, de 38 anos, foi agredido por diversos torcedores alvinegros no setor leste do Nilton Santos , que é direcionado à torcida do Botafogo.
Sérgio, que é botafoguense e vestia a camisa do time, foi apontado como um torcedor flamenguista infiltrado. O homem recebe ajuda dos seguranças enquanto diversas pessoas tentavam o atingir. Ele foi hospitalizado e já recebeu alta.
Rogério perdeu um dente e teve lesões na boca com as agressões.
Ao site Globo Esporte, a esposa do torcedor revelou que ele costuma ir com frequência aos jogos do Botafogo, inclusive com ela e um dos filhos do casal. “Não sei como está vivo”, ela disse sobre as agressões.
“No momento do gol do Flamengo, ele decidiu ir ao banheiro e depois iria embora. Ele é taxista, trabalhador e pai de família. Meu marido foi espancado ao ponto de estar sem o dente da frente, com escoriações pelo corpo... Ele levou muitas pancadas na cabeça, não sei como ele está vivo. Foi um milagre! Isso é vandalismo puro além de espancado levaram a camisa do Botafogo , o celular e o cordão”, declarou antes de completar:
“Ele já está em casa e bem na medida do possível. Não possui lesões gravíssimas. Ele está com a boca costurada, sem um dente da frente e escoriações pelo corpo. Passou a madrugada no Hospital Salgado Filho, fez tomografia da cabeça e foi liberado com encaminhamento médico e medicação.”
Ana Paula desabafou sobre o episódio e falou sobre episódios recorrentes no futebol brasileiro.
“Meu marido é pai de família, temos dois filhos e sempre vamos aos jogos. Graças a Deus eu e meu filho não estávamos no estádio ontem. Meu marido nunca foi flamenguista! É triste e lamentável não termos o direito de ir e vir”, disse a Globo Esporte.
