Condenado pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, jogador cumpre prisão em regime semiaberto
Nesta quarta-feira, 24, o goleiro Bruno Fernandes vem chamando atenção por ter se tornado garoto propaganda de um canil. Condenado pela morte da ex-modelo Elisa Samúdio, o próprio jogador admitiu, em 2013, que os restos mortais da vítima foram jogados aos cachorros.
A publicidade foi feita no próprio perfil de Bruno na última terça-feira, 23, e quase que imediatamente depois da publicação, o mesmo passou a receber uma série de críticas dos internautas, que associaram o anúncio com a morte da modelo.
"Tive o grande prazer de conhecer um canil incrível da raça do meu filho Booba. American Bully..", escreveu na postagem, agradecendo ainda ao estabelecimento "pela receptividade".
Bruno também parabenizou o canil "pelos lindos animais" que estão no local. Por fim, disse que o encontro foi "muito produtivo".
Um seguidor perguntou ao jogador sobre a polêmica que esse anúncio poderia causar em sua vida.
"Você acredita realmente no que foi noticiado no passado? Amigo, abra a mente! Na época, foram feitos exames que comprovaram que tudo não passou de imaginação daquele noiado do meu sobrinho", disse Bruno.
Bruno está solto desde o ano passado, depois de ganhar o direito de cumprir o restante da pela morte de Eliza, em 2010, no regime semiaberto. Atualmente ele vive com sua mulher, Ingrid Calheiros.
O goleiro foi condenado a uma pena de 20 anos e 9 meses pela morte de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho dos dois.
Bruno também havia sido condenado por ocultação de cadáver, pena que foi depois extinta, após a Justiça de Minas entender que o crime prescreveu. O filho do casal vive com a avó materna no Mato Grosso do Sul.
Em uma entrevista exclusiva para o Jornal O Tempo, o goleiro fez questão de deixar claro que não tinha nenhum conhecimento de quem era o Bola, o ex-polícial que foi dado como o executor de Eliza.
De acordo com o atleta, ele se quer tinha qualquer vínculo de amizade com o rapaz, que foi condenado a 22 anos de prisão.
“Não conheço ele de lugar nenhum, nunca vi o Bola na minha vida. Todos os amigos que eu tinha eu sempre registrei, sempre estiveram nas minhas fotos, uns conhecem os outros, mas o Bola não conheço. A meu ver, pelo que eu já ouvi de história, é muito mais perseguição do que ele nesse caso”, contou.
O jogador até tentou recomeçar sua carreia no futebol depois que saiu provisoriamente da prisão, mas a cada clube que anunciava a sua contratação, uma enxurrada de comentários dos torcedores pedindo que Bruno não fizesse parte do time fez tudo mudar.