Em entrevista, funcionária da CBF que acusa Rogério Caboclo de assédio voltou a falar sobre o caso
No início de junho de 2021, Rogério Caboclo, até então, presidente da CBF foi acusado de assédio sexual e moral contra uma funcionária da organização. Em entrevista ao 'GE', a funcionária voltou a falar sobre o assunto e comentou como tem passado após o acontecimento.
Após mais de três meses do caso, a vítima afirma que ainda sofre com reflexos da atitude que Rogério teve, o que faz com que a dor sentida seja constante.
"É uma situação pela qual nenhuma mulher deveria passar em nenhum momento da vida. É uma dor que não acaba. É uma dor que hora nenhuma sai de mim. Hora nenhuma eu esqueço que ela existe. Está sempre presente, latente, em todos os momentos do meu dia", falou.
A funcionária revelou como tem sido sua vida após o caso. Após voltar ao trabalho no dia 1º de setembro, ela se mostrou empolgada com o regresso, mas ainda vive resquícios do que aconteceu.
"Minha vida está uma bagunça. Uma parte minha está muito feliz de estar de volta ao trabalho. A CBF tem sido a minha casa há mais de nove anos. Mas, por outro lado, ter vivido essa situação é uma dor que não tem tamanho. É sempre essa mistura de sensações em todos os momentos do meu dia", revelou.
Além disso, a funcionária revelou que foi ameaçada por Caboclo. Segundo ela, o então presidente da CBF fez uma oferta de um acordo, no qual ela teria que mentir para os jornalistas e dizer que o assédio nunca aconteceu.
"A minha dignidade não tem preço. Porque eu fiquei pensando nas mulheres que viriam depois de mim. Era inaceitável proteger um assediador", falou.
Após o caso, o dirigente foi afastado do cargo. Depois da denuncia, mais duas mulheres se pronunciaram falando que também teriam sido assediadas por Rogério. Para conferir a entrevista completa, basta buscar no site: 'globoesporte.com'.