Zagueiro foi contratado para a base, posteriormente emprestado e optou por rescindir o contrato por atrasos salariais
Izabella Macedo Publicado em 11/06/2020, às 17h29
Nos últimos anos, um dos maiores problemas encontrados pelos clubes brasileiros têm relação com ações que são movidas na Justiça por jogadores e no Fluminense não é diferente.
No entanto, no caso do clube carioca, a situação é ainda mais curiosa, já que envolve um atleta que nunca atuou em nenhuma partida.
De acordo com o site Globo Esporte, na última segunda-feira, 8, Alan Fialho ganhou uma ação de R$ 904.550,33, movida em fevereiro do ano passado no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ), cobrando de salários atrasados, FGTS e verbas rescisórias.
Justamente por nunca ter jogado pelo elenco profissional do Flu, muitos torcedores se depararam com a notícia, mas se quer sabiam de quem se tratava.
Alan Fialho é um zagueiro que começou no Osasco Audax e foi captado para a base do Fluminense em 2013. Ele chegou a treinar com os profissionais, mas nunca sequer estreou e assim, passou a ser emprestado para vários clubes.
Em sua carreira, o jogador ficou um ano no Legia Varsovia, da Polônia, cinco meses no Arka Gdynia, também da Polônia, quatro meses no Linense, de São Paulo, voltou ao Arka Gdynia por mais uma temporada, passou um semestre no Samorin, da Eslováquia, e em 2018 foi cedido ao Volta Redonda, do Rio de Janeiro.
Em todos esses empréstimos, o Fluminense é quem continuou responsável pelos pagamentos dos salários do zagueiro. E mesmo sem nunca ter aproveitado o jogador, o clube renovou o seu contrato duas vezes, uma em 2016 e outra em 2017.
O vínculo tinha duração até o final de 2019, mas o próprio Alan Fialho obteve a rescisão na Justiça por falta de pagamento.
O clube contestou os valores e entrou com recurso de revista, mas na última segunda-feira a Juíza Marly Silveira, da 75ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, deu ganho de causa ao atleta.
No momento, o jogador está cobrando os seguintes valores na Justiça:
-R$ 24.080,00 de FGTS não recolhido;
-R$ 40.157,53 de verbas rescisórias (saldo de salário, 13º salário proporcional, férias proporcionais +1/3, FGTS com multa de 40%);
-R$ 542.000,00 de cláusula compensatória desportiva (multa prevista em contrato);
-R$ 27.000,00 de 13º salário de 2016 e 2017;
-R$ 15.000,00 de salário de dezembro de 2017.
O valor inicial era de R$ 648.237,53, mas com juros e correção passou para R$ 904.550,33. Falta ser quitada a quantia de R$ 884.824,60, e a Justiça determinou o pagamento em até 15 dias úteis, sob risco de penhora em caso de não cumprimento.
Além desse caso, na última quarta-feira, 10, de acordo com o Esporte News Mundo, o Fluminense foi acionado mais uma vez na Justiça, mas dessa vez foi pelo lateral-esquerdo Giovanni, que defendeu o Fluminense entre 2015 e 2016.
O processo foi distribuído na 16ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) com a cobrança de R$ 270.000,00 de dívidas de direitos de imagem.
Giovanni recebia R$ 45.000,00 de direitos de imagem no Fluminense e cobra valores atrasados de seis meses, entre agosto de 2018 e janeiro de 2019, período em que ficou emprestado ao América-MG.
O lateral-esquerdo, atualmente no Bahia, disputou 56 partidas e marcou um gol com a camisa tricolor.
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