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Futebol / CAMPEONATO BRASILEIRO!

Flamengo x Bahia: Ramírez quebra o silêncio sobre injúria racial contra Gerson

Meia colombiano revelou que não foi racista "em nenhum momento"

Redação Publicado em 22/12/2020, às 06h40 - Atualizado às 07h34

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Ramírez em ação com a camisa do Bahia - Vitor Tamar/EC Bahia
Ramírez em ação com a camisa do Bahia - Vitor Tamar/EC Bahia

Na última segunda-feira, 21, o Bahia divulgou um vídeo de Ramírezfalando sobre acusação de Gerson, do Flamengo, em relação a uma injúria racial sofrida pelo meio-campista rubro-negro. Na oportunidade, o meia colombiano teria dito ao craque flamenguista para "calar a boca, negro".

Segundo o depoimento de Índio Ramírez, ele não é racista e nunca chegou a falar tal frase para Gerson. O atleta aproveitou a chance para colocar o seu ponto de vista sobre o que aconteceu no Maracanã, no domingo, 20, pela 26ª rodada do Brasileirão

"Em nenhum fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que” jogue rápido, por favor”, "vamos irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "joga rápido, irmão". Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu, o que ouviu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que passava", disse. 

Ele ainda continuou explicando: "Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro” falando português quando eu realmente não falo português. Estou apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra". 

Ramírez também atribuiu ao jogo estar muito tenso e movimentado. Devido a essas circunstncias da partida, o meio-campista acredita que possa ter tido algum tipo de desentendimento na sua fala. 

"O clima no jogo estava complicado. Foi um jogo bom, eles abriram 2 a 0. Empatamos e tínhamos chances de fazer o terceiro. Se supõe, então, que o jogo fica disputado, com mais chegadas. Ele ficou diferente. Um atacando, outro defendendo. É algo normal. Fica tenso por circunstâncias do jogo. Mas nada de insultos e racismo. Bruno, em um momento, me chamou de "gringo de merda", mas eu não prestei muita atenção. Sou colombiano, criado em Rio Negro, uma cidade perto de Medellín. A minha família sempre me ensinou que somos todos iguais mesmo. Não há ninguém melhor do que o outro mesmo que um tenha mais dinheiro do que outro", explicou. 

Índio Ramírez ainda finalizou: "Espero que as coisas se esclarecem rapidamente, minha família e eu estamos passando por um momento complicado. Não fui racista em nenhum momento. Vim ao Brasil para jogar e ter um futuro. De coração, espero que tudo se solucione. Desculpa a quem escutou, se o Gerson entendeu mal o que falei. Em nenhum momento falei mal dele e não fui racista".