Ex-comandante do Flamengo analisou a melhora na equipe desde a chegada do novo comandante; treinador português foi detonado por 'viver em 2019'
Redação Publicado em 19/08/2022, às 08h53
O Flamengo já contou com diversos treinadores durante a sua história, sendo que alguns se deram bem e outros não. Dorival Júnior certamente é daqueles que vai para a prateleira dos que fizeram sucesso, principalmente por ter pegado o elenco em um momento de baixa e levado não só para a recuperação, mas também para a semifinal da Copa do Brasil e da Libertadores.
Para se ter uma ideia, dos últimos 11 jogos disputados pela equipe, o Flamengo venceu 10 e empatou um. Além de voltar a ter uma sequência bastante positiva, o clube carioca voltou a apresentar o estilo de futebol que agrada a torcida. Esse bom momento Rubro-Negro na temporada foi elogiado pelo ex-comandante Apolinho, em entrevista à "ESPN".
O ex-treinador do Flamengo exaltou o que foi feito por Dorival, dizendo que ele colocou os jogadores do clube carioca em 'seus devidos lugares. Além disso, Apolinho também detonou o trabalho feito por Paulo Sousa, que treinou a equipe antes do atual técnico, principalmente pelo fato de o português ter mudado o papel de Gabigol na equipe.
"Seria como o Dorival está fazendo. Colocar os seus devidos lugares. O Paulo Sousa decidiu que ele (Gabigol) deveria ser articulador. Ele como articulador morre de fome. Jogando como ponta de lança, como fazia com o Nunes, ele ajuda bastante. Progride muito e ajuda o Pedro, porque as pessoas se preocupam com ele e o Pedro fica lá como um songa-monga e empurra a bola para as redes. Então, hoje o time é muito bom", disse antes de completar.
"O Paulo Sousa errou tudo. O grande erro foi o Flamengo contratar ele. Ele não tem culpa de nada. Foram até a Polônia contratar ele. Você pega o currículo dele e ele perde para o meu, por exemplo. Ganhou nada em lugar nenhum. Estava na Polônia, fizeram uma proposta boa para ele, poderia se classificar para a Copa do Mundo ou não, resolveu arrumar um contrato bom, teve uma multa rescisória generosa, volta para Portugal, abre uma padaria lá e toca a vida dele sem problema nenhum. Como treinador é muito ruim. Estragou tudo no Flamengo, não fez nada certo", concluiu.
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É fácil de analisar que os treinadores do Flamengo começaram a sofrer uma pressão maior depois da passagem de Jorge Jesus pelo clube, ainda mais pelas conquistas de 2019. Na opinião de Apolinho, no entanto, o que foi feito pelo Mister jamais vai se repetir, até mesmo porque desde que deixou o time carioca, ele não tem feito nada tão grandioso.
"O Renato não fazia um mau trabalho no Flamengo, o Ceni foi campeão brasileiro. É que o Flamengo é impaciente. Aquela trajetória de seis meses do Jorge Jesus foi um aborto da natureza. Jamais na vida dele vai fazer aquilo novamente. Tanto que não fez no Benfica, só levou pancada, está levando pancada na Turquia agora", iniciou.
"Aquilo ali os astros estavam em conexão que fizeram aquilo acontecer. Nem o próprio time do Zico, que era bem melhor que aquele time, não teve essa coisa de seis meses ganhar tudo. Foi um episódio da história do futebol que marcou muito. Começaram a querer que todo treinador que viesse fizesse igual. Nem ele se voltasse faria a mesma coisa", contou.
"E ele, malandro, não aceita nem volta, porque ele vive disso. Onde vai, ele conta ‘time do Flamengo fiz isso, fiz aquilo’ e está até certo. Não tem essa bola toda. Ficou na cabeça do Flamengo essa coisa de todo treinador que viesse fizesse a mesma coisa. O Rogério Ceni fez um bom trabalho, foi campeão brasileiro, o Renato estava fazendo um bom trabalho", seguiu.
"O Flamengo não tem purgatório, é céu e inferno. Ganhou é bom, perdeu é ruim. A torcida não perdoa. Se Dorival perdesse três, quatro jogos no início, o pau ia comer. Se vier a perder, o pau vai comer também. O Flamengo é assim. Os caras não estão preparados para outra coisa a não ser vencer", finalizou o ex-treinador do time carioca.
