Em comunicado, entidade informa uma investigação apresentou evidências de irregularidades na construção de museu
Nessa terça-feira, 22, a Fifa apresentou uma denúncia na Suíça contra o ex-presidente da entidade, Joseph Blatter. A ação criminal tem como base irregularidades financeiras detectadas na construção do “Museu Fifa”, inaugurado no início de 2016.
Em comunicado, a entidade justificou que entrou com a ação “junto ao procurador de Zurique depois que uma investigação realizada por especialistas externos trouxe à luz evidências de suposta má gestão por parte da ex-administração da Fifa e as empresas escolhidas por ela para o projeto” da construção do museu.
Em entrevista à AFP, o advogado de Blatter, Lorenz Erni, disse que as “acusações são infundadas e são negadas de forma veemente”.
De acordo com a entidade que regula o futebol mundial, o projeto do museu gerou uma conta de 462 milhões de euros (quase R$ 3 bilhões).
“Dados os enormes custos associados a este museu, bem como a forma geral de trabalho da gestão anterior da Fifa, uma auditoria foi realizada para descobrir o que realmente aconteceu aqui”, afirmou o secretário-geral adjunto de administração do órgão, Alasdair Bell, no comunicado.
“Essa auditoria revelou uma ampla gama de circunstâncias suspeitas e falhas de gestão. Algumas das quais podem ser de natureza criminosa e, portanto, precisam ser devidamente investigadas pelas autoridades competentes. Concluímos que não tínhamos outra escolha a não ser denunciar o caso aos promotores, até porque a atual administração da Fifa também tem responsabilidades fiduciárias para com a organização e pretendemos cumpri-las”, finalizou.
Joseph Blatter, que comandou a Fifa por 17 anos, foi suspenso e posteriormente banido pelo comitê de ética do órgão de futebol após ter sido objeto de um processo penal na Suíça em 2015. Ele sempre negou irregularidades envolvendo o museu localizado em Zurique, sede da entidade.