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Futebol / EXCLUSIVO

Ex-Vila Nova, Walisson Maia projeta passagem pelo Al Fahaheel: “Vim para assumir a titularidade”

Zagueiro de 30 anos, que jogava a Série B pelo time goiano, terá sua primeira experiência internacional pelo futebol árabe

Gabriela Santos Publicado em 26/08/2021, às 18h30 - Atualizado às 18h31

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Ex-Vila Nova, Walisson Maia projeta passagem pelo Al Fahaheel: “Vim para assumir a titularidade” - Instagram
Ex-Vila Nova, Walisson Maia projeta passagem pelo Al Fahaheel: “Vim para assumir a titularidade” - Instagram

Recém-contratado pelo Al Fahaheel, do Kuwait, o zagueiro Walisson Maia terá sua primeira experiência internacional no futebol árabe. O defensor de 30 anos disputava a Série B do Campeonato Brasileiro 2021 pelo Vila Nova.

Em entrevista exclusiva ao SportBuzz, Maia comentou sobre a expectativa de jogar pelo Al Fahaheel depois de deixar a titularidade do time goiano. O zagueiro revelou que recebeu até sondagem de Portugal, mas escolheu “um desafio novo na carreira”.

“Foi uma decisão difícil, porque eu vinha jogando com frequência no Vila Nova e era titular da equipe. Tinha outra possibilidade para Portugal, mas eu queria um desafio novo na minha carreira e acabei aceitando vir para o Kuwait”, disse Walisson.

“A expectativa (no futebol árabe) é das melhores. Sei que vai ter dificuldade, principalmente no idioma, mas isso, pouco a pouco, a gente vai tirando de letra”, completou.

O zagueiro soma passagens por Coritiba, FortalezaVitória, Água Santa e, por último, pelo Vila Nova, onde disputou a final do Campeonato Goiano. Agora no futebol árabe, Walisson destacou que chegou para assumir a titularidade.

“Venho para assumir a titularidade, não para ser mais um. Venho para ser jogador muito importante do clube no setor defensivo. Então, eles apostam muito na minha experiência por ter jogado alguns anos no futebol brasileiro. Com certeza venho para assumir a titularidade”, destacou o zagueiro.

Walisson Maia, que deixou o Vila Nova depois de 16 jogos, avaliou sua passagem pelo time goiano. Questionado sobre o que faltou fazer, ele destacou a conquista do título estadual.

“Foi uma passagem boa, apesar de ter sofrido uma lesão nos primeiros dias, quando acabei ficando fora um mês e meio. Fiquei triste pela lesão, que me atrapalhou um pouco, mas depois consegui me recuperar e pude dar o meu melhor dentro de campo. E essa experiência de jogar uma série B é sempre muito boa. Creio que sempre estar jogando Série A e Série B vai me ajudar bastante a desempenhar o melhor futebol no Al Fahaheel”, avaliou Walisson.

“Acabei não fazendo gol pelo clube (no Vila Nova) e perder um título, que acho que foi o mais doloroso que perdi na minha carreira. Tinha uma expectativa muito grande e acabamos perdendo nos pênaltis. O Vila Nova estava há 16 anos sem vencer essa competição (Campeonato Goiano). Acho que eu poderia ter feito um pouquinho mais e ter deixado esse título e feito gols”, completou.

O Vila Nova empatou em 1 a 1 com o Grêmio Anápolis no jogo de ida da final do Campeonato Goiano 2021. Na volta, as equipes empataram pelo mesmo placar, e o time do interior venceu por 5 a 4 nos pênaltis, conquistando o primeiro título estadual.

Outras respostas

O que foi determinante para escolher o Al Fahaheel?

“Foi um brasileiro, o Luiz Fernando, que joga no clube (Al Fahaheel) e vai para a segunda temporada. Eu liguei para ele e perguntei sobre o clube e o país. E teve o Patrick Fabiano, que está aqui no Kuwait há quase 10 anos. Também liguei e ele falou super bem do país, me explicou sobre a tranquilidade para a família e disse que é um país muito seguro. O lado financeiro acho que também pesou um pouco. Esses três pontos foram muito determinantes para minha vida”.

Como foi a adaptação nos primeiros dias?

“(A adaptação) foi meio complicada, porque tive que ficar de quarentena por seis dias, do dia 18 (de julho), quando eu cheguei, até o dia 24. O Luiz Fernando ainda não está aqui, que é o brasileiro do clube. Mas tem um espanhol, que eu já entendo um pouco do que ele fala e está me ajudando. Os companheiros também tentam me ajudar bastante na língua. Eu sabia dessa dificuldade e de que não ia ser fácil nos primeiros dias, mas cada dia está ficando mais fácil, estou me familiarizando bastante com o clube, com os jogadores e com o corpo técnico. Acho que cada dia vai ficar melhor ainda”.

Como foi se despedir da esposa e filhas por um tempo?

“Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida ter que deixar minha esposa e minhas duas filhas. Até hoje eu sinto bastante e elas sentem bastante a minha ausência. Foi muito complicado mesmo, não achei que seria difícil assim. Tudo indica que no final de setembro elas já vão estar comigo. Minha família me ajuda em tudo, principalmente nesse momento. Estar no Brasil é uma coisa, mas estar em outro país, onde não conhece ainda a cultura, a língua e não se familiariza bem, com elas aqui tudo ficaria mais fácil”.

Mesmo com a proposta do futebol internacional, teria alguma situação que faria você permanecer no Brasil?

“Sempre tem. O Brasil é Brasil pelos clubes e pelas competições, mas eu queria muito há algum tempo ter essa experiência internacional. Nunca saí para jogar fora do Brasil e queria muito. Minha família sabia da vontade que eu tinha antes de encerrar minha carreira, então tinha que ter uma situação muito boa para mudar de opinião e não vir para o futebol internacional”.

Quais são os planos para o fim do contrato com o Al Fahaheel?

“Eu quero ficar um tempo aqui no futebol árabe, fora do Brasil. Quero poder abrir o mercado e ter sucesso no futebol árabe. Então, espero fazer esse primeiro ano no Al Fahaheel de muita excelência. Que o clube possa atingir todos os objetivos traçados para que eu renove meu contrato ou vá para outro clube. Eu penso em ficar um tempo no futebol árabe”.

Qual será o próximo passo na carreira?

“Hoje, eu penso só no Al Fahaheel. Penso só no clube e em fazer uma boa temporada aqui. Quero fazer gols, ganhar muitos jogos, cumprir todos os objetivos traçados pelo clube e, depois, após o contrato, a gente vê o que faz da carreira”.