Atacante ressaltou a importância dos funcionários que não aparecem na mídia
Izabella Macedo Publicado em 13/05/2020, às 17h10
Com a crise financeira causada pela pandemia de coronavírus, os clubes brasileiros tiveram que se adaptar a nova realidade em relação aos pagamentos mensais, que são fixos.
Com isso, e para evitar demissões, alguns jogadores aceitaram que seus salários fossem diminuídos para que outros funcionários tivessem a garantia de contar com seus pagamentos em dia.
Esse foi o caso do elenco do Palmeiras, que aceitou voluntariamente o corte de 25% nos salários como medida para combater os efeitos da pandemia de Covid-19.
Tal atitude foi valorizada por um dos líderes do grupo, Dudu, que ainda criticou a forma que os rivais estão lidando com a situação.
“A gente vê outros clubes mandando embora funcionários que ganham R$ 1,5 mil, R$ 2 mil, R$ 3 mil reais... A diretoria chamou (os jogadores), falou de diminuir salário, falamos que aceitávamos, mas que não era para demitir funcionários”, relembrou, em entrevista à Band, de acordo com o site ESPN.
“Como manda embora um roupeiro, por exemplo, que ganha R$ 2 mil? Onde ele vai arrumar trabalho numa situação destas? Um roupeiro que tem uma família para criar... Ficamos muito felizes por eles (diretoria) estarem cumprindo essa palavra”, complementou.
A redução nos 25% dos salários afeta todo o departamento de futebol Alviverde, que inclui os jogadores, o técnico Vanderlei Luxemburgo, o gerente Cícero Souza e o diretor Anderson Barros.
“São pessoas importantes, que não aparecem, que precisam, que gostam, amam estar no dia a dia do clube. Falo diariamente com eles. ‘Pô, saudade de estar no clube’. Se um cara desse é mandado embora, se mata. Vai fazer o quê? Gostam de estar no clube, são torcedores do clube, amam o clube. A gente fica muito sentido por eles por estar passando por esse momento”, disse.
Em 2019, o Palmeiras fechou a temporada com R$ 641,9 milhões em receitas e um superávit de R$ 1,7 milhão. A previsão de orçamento para 2020, antes das incertezas trazidas pelo coronavírus, era faturar novamente na casa de R$ 600 milhões, com R$ 12 milhões de superávit.
