Flamengo foi multado no STJD por conta de gritos homofóbicos no jogo contra o Grêmio
Nos últimos dias, o Flamengo foi multado em R$ 50 mil pelo STJD por conta da atitude de alguns torcedores durante a partida contra o Grêmio pela Copa do Brasil. Na ocasião, a torcida entoou gritos homofóbicos contra os rivais.
No entanto, a punição não parece ter sido vista com bons olhos pelo Grêmio. Em entrevista ao site “Gaúcha ZH”, o diretor jurídico Nestor Hein disparou críticas à decisão do STJD e comparou o caso com o ato de racismo praticado pelos torcedores gaúchos no ano de 2014.
“A homofobia hoje está equiparada ao crime de racismo por decisão do STF. Em 2014, o Grêmio identificou todas as pessoas que cometeram atos racistas e, mesmo assim, o STJD excluiu o clube da Copa do Brasil. O Flamengo não identificou nenhuma pessoa que cometeu crime de homofobia. O advogado do clube admitiu que o fato ocorreu e se disse enojado pelo que viu nas imagens”, criticou o dirigente do Grêmio.
“Os auditores também disseram que o fato ocorreu e, mesmo assim, resolveram colocar apenas uma multa de R$ 50 mil. Um deles chegou a dizer que, se condenasse o Flamengo, o clube ficaria com a pecha de ser um clube homofóbico. Por que o Flamengo não pode ficar com a pecha de ser um clube homofóbico? E por que o Grêmio pode ficar com a pecha de ser um clube racista?”, continuou.
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— Grêmio FBPA (@Gremio) November 9, 2021
Boa leitura e bom jogo!
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Ainda na mesma entrevista, o diretor do Grêmio voltou a detonar a postura do STJD durante o julgamento e afirmou que o Flamengo manda na entidade. Para ele, o clube carioca sempre é punido em dinheiro e não na parte esportiva.
O Flamengo manda no STJD. O Flamengo sempre resolve as coisas pagando. É sempre punição pecuniária. Ele paga a multa e aí não tem problema. O STJD, por conta dos atos de alguns dos seus auditores, é um propagador de decisões esdrúxulas e absurdas que valem para um clube e não valem para outros”, acusou Nestor Hein, que finalizou.
“É um tribunal que premia os seus transgressores e as pessoas que não cumprem as suas atribuições. Pode se confiar neste tribunal? Pode se levar a sério um tribunal desses?”.