Último vínculo entre as partes terminou com a publicação da rescisão de contrato no Boletim Informativo Diário da CBF
Izabella Macedo Publicado em 01/06/2020, às 19h32
Mesmo depois de ter deixado o Cruzeiro oficialmente e ter acertado com o Fluminense, as pendências envolvendo Fred e o clube mineiro ainda não estão totalmente no passado, mesmo que nesta segunda-feira, 1, o último vínculo do jogador com a Raposa tenha se encerrado.
Acontece que pouco mais de dois anos e meio depois de acertar a sua volta ao Cruzeiro, o contrato que estava registrado na CBF foi rescindido e assim, o atacante ficou livre para ter o contrato com o Fluminense publicado no BID.
No entanto, o contrato realizado no fim de dezembro de 2017 ainda renderá uma discussão jurídica para a Raposa de mais de R$ 85 milhões. São dois pontos que ainda precisam ser trabalhados pelo clube juntamente com o jogador.
A primeira dela é a discussão da multa de R$ 10 milhões onde o clube é considerado como "réu solidário" a Fred, já que se comprometeu, em contrato com o atacante, em ser o responsável pelo pagamento da dívida, caso o Atlético ganhasse a discussão.
Na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD), o rival conseguiu vitória.
Neste momento, a discussão está no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) e aguarda uma decisão do Tribunal Arbitral, que é formado pelas partes e responsável por sentenciar, em segunda instância e sem possibilidade de recurso, quem tem razão.
O segundo ponto são as cobranças de Fred na Justiça do Trabalho, que chegam a R$ 75 milhões, que tiveram início em fevereiro desse ano, depois que o atleta não conseguiu chegar a um acordo amigável com a Raposa.
Fred acionou o Cruzeiro na Justiça e conseguiu uma vitória liminar, que foi responsável por liberar o jogador para acertar com outro clube.
Apesar disso, a busca por valores atrasados não pagos ao jogador continua na 1ª Vara da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte. Falta a marcação da audiência inicial.
Somados os valores pedidos, entre direitos trabalhistas (R$ 25.194.071,64) e a cláusula de compensação desportiva, com base no artigo 28 da Lei Pelé (R$ 50 milhões), chega-se a pouco mais de R$ 75 milhões em pedidos na Justiça do Trabalho.
Neste momento, o caso aguarda a nomeação de outro magistrado, já que a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho, Ana Luiza Fischer Teixeira de Souza, declarou-se "suspeita para apreciação" em 6 de maio.
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