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Futebol / Polêmica

Comentarista da Fox Sports categoriza comentários homofóbicos como "tiração de sarro"

Para o comentarista Felipe Facincanni, gritos homofóbicos dentro dos estádios são apenas brincadeiras e não discriminação

SportBuzz Digital Publicado em 27/08/2019, às 08h58

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Felipe Facincanni (Crédito: Reprodução Fox Sports)
Felipe Facincanni (Crédito: Reprodução Fox Sports)

No último domingo, 25, a partida entre Vasco e São Paulo pela 16ª rodada do Brasileirão, que acabou em 2 a 0 para a equipe carioca, ficou marcada por uma ocorrência de homofobia.

O juíz Anderson Daronco, seguindo a recomendação da CBF, parou o jogo no segundo tempo, relatando gritos de cunho homofóbico vindos da torcida do Vasco.

Ao perceber o ato, Daronco chamou o treinador vascaíno, Vanderlei Luxemburgo, e pediu a colaboração do técnico para pedir que a torcida parasse. Em seguida, convocou os capitães dos respectivos clubes, Leandro Castán e Daniel Alves, comunicando que a partida só voltaria quando os gritos se encerrassem.

Na tarde desta segunda-feira, 26, durante o programa Expediente Futebol, da Fox Sports, o comentarista Felipe Facincanni se mostrou contrário a paralização e categorizou as ofensas como "brincadeira" e "tiração de sarro". 

"A gente tem que entender qual é a linha tênue entre uma brincadeira e uma tiração de sarro - que até pessoas que são homossexuais brincam uns com os outros com palavras que costumeiramente a gente tende a achar, agora, que são ofensivas. Para mim, a discriminação, a palavra 'fobia', o racismo, é quando você, em uma questão cultural, impede ou bloqueia qualquer tipo de direito igual, humanitário, a um ser humano por uma opção. Seja abrir uma conta no banco, um emprego, uma questão social, de casamento, enfim. Acho que isso extrapola qualquer tipo de direito", opinou ele. 

Defendendo seu ponto de vista, Facincanni ainda salientou que não é homofóbico. 

"No futebol isso tem sido mais uma brincadeira para tentar desestabilizar. Para mim, passa batido. Eu tenho essa visão. Eu não sou homofóbico, não sou racista, muito pelo contrário. Se a gente então transformar o 'time de v...' em 'time de palhaço', o palhaço vai se sentir ofendido. Então eu parto por esse lado, que é mais uma tiração de sarro do que uma discriminação de fato, uma coisa odiosa. Respeito a opinião de todo mundo, espero que tentem compreender a forma que eu enxergo. Só isso", concluiu ele. 

POSICIONAMENTO DO VASCO 

A diretoria do Vasco emitiu uma nota nesta segunda-feira, 26, repudiando os gritos homofóbicos da torcida, cantados no confronto contra o São Paulo, pela 16ª rodada do Brasileirão.

O combate a este tipo de postura – iniciado ainda em campo, quando o técnico Vanderlei Luxemburgo, os jogadores, parte da torcida e o próprio Vasco da Gama, através do sistema de som do estádio, clamaram para que os gritos cessassem – não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei. Preconceito é crime”, alegou o clube carioca em comunicado oficial.