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Futebol / EXCLUSIVO!

Bruno Mota fala sobre sua dura passagem pela Europa e aponta otimismo na temporada com o CSA

Em entrevista exclusiva ao SportBuzz, o meia-atacante do Azulão contou um pouco das dificuldades que passou no velho continente

Lucas Cesare Publicado em 26/04/2021, às 17h37 - Atualizado às 19h47

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Bruno Mota comemorando gol pelo CSA - Augusto Oliveira
Bruno Mota comemorando gol pelo CSA - Augusto Oliveira

Bruno da Mota Miranda foi revelado como profissional pelo Athletico Parananense, em 2015, após se destacar na Copa São Paulo de Futebol Júnior daquele mesmo ano. Ainda muito jovem, em 2016, o jogador foi emprestado ao Gaziantepspor, da Turquia.

“Fui muito cedo para a experiência na Turquia, logo em 2016. Eu tinha um ano e pouquinho no profissional do Athletico. [...] Foi uma experiência muito boa pela questão profissional, de conhecer outro lugar, outro ambiente. Saber como é trabalhar na Europa, jogar contra jogadores que eu só via no videogame ou na televisão. Um deles foi o Sneijder, tenho a camisa dele até hoje que eu troquei no jogo contra o Galatasaray. Então, ter jogado lá foi a realização de um sonho, não só para mim, como para minha família”, lembra o jogador.

Porém, nem tudo saiu como o planejado na primeira passagem de Bruno pela Europa. Mesmo atuando por um time de primeira divisão, o jogador sofreu com a falta de pagamento do seu salário.

“No Gaziantepspor, da Turquia, o problema foi o salário mesmo. Infelizmente fui para lá, não sabia que seria desse jeito, era um clube de primeira divisão, não imaginava que estava tão desorganizado. Foram sete, oito meses que eu fiquei lá e recebi apenas um, então foi bem problemática essa passagem. Mas tudo vale,né? Valeu ter ido pela experiência profissional”.

“Eu até queria ter voltado para o Brasil naquela época por me ver em uma situação meio complicada, em um país totalmente diferente do meu e sem receber. Acho que é um medo normal também. [...] Ainda era o começo, eu era menino também, então deu um pouco de medo de ficar lá, pela experiência que eu tive em relação a salários”, comentou.

Então, Bruno retornou ao Brasil, em 2017, emprestado pelo Athletico ao Náutico, onde jogou até o final daquele ano. Depois, em 2018, veio a transferência para o Kerkyra, da Grécia e novamente uma difícil experiência no Velho Continente.

“Em questão do Kerkyra, da Grécia. Lá eu passei uma temporada, foram 10 meses e ali acho que foi o momento mais complicado da minha carreira depois que eu cheguei no profissional. Um clube totalmente desorganizado, não dava a condição necessária para o trabalho, pagavam do jeito que queriam. Nunca consegui receber um mês cheio lá. Eles iam pagando de pouquinho em pouquinho só para você sobreviver mesmo. Foi uma experiência muito complicada, uma das únicas vezes que eu cheguei a pensar em desistir, pensei em largar tudo”, disse o atleta.

Hoje, atuando pelo CSA, Bruno Mota vive boa fase, entrando como titular nas partidas e marcando gols. Além disso, elogiou a estrutura da equipe, que nada deixa a desejar com relação aos demais clubes do país.

“Agora no CSA já é uma situação diferente, um clube muito organizado. Então já tem toda a estrutura, já dá todo o suporte para o jogador poder trabalhar. Me vejo muito bem agora, em uma fase muito boa da minha vida e espero continuar, ajudar o clube a conquistar o campeonato estadual”.

O jogador e o restante da equipe se preparam para a disputa do Campeonato Brasileiro - Série B, que promete ser um dos mais disputados dos últimos anos, pela presença de grandes clubes como Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco.

“A Série B vai ser, sem dúvidas, uma das mais disputadas que já aconteceram, por tantos times grandes que estão disputando. Vai ser muito bom, um campeonato muito disputado. Eu vejo o CSA com totais condições de brigar pelo acesso, a ideia do clube é essa, então acho que temos condições de subir e vamos lutar por isso até o final”, concluiu.