Comandante do Atlético-MG analisou a postura da equipe do Palmeiras depois das expulsões, e indicou como os mineiros poderiam ter ganhado a partida
Redação Publicado em 11/08/2022, às 07h18 - Atualizado às 09h08
Não deu para o Atlético-MG conquistar a sua vaga na semifinal da Libertadores. Na noite desta quarta-feira, 10, diante do Palmeiras, a equipe mineira acabou sendo eliminada da competição continental nas penalidades. Mesmo tendo dois jogadores expulsos, a equipe paulista conseguiu manter o 0 a 0 no tempo normal e ainda venceu o rival por 6 a 5 nos pênaltis.
Apesar disso, na opinião do técnico Cuca, o cenário poderia ter sido outro se o Palmeiras não tivesse esses atletas como baixas. Depois do confronto, e da eliminação, o comandante do Atlético-MG rasgou o verbo sobre a "retranca" adotada pelo adversário depois das expulsões, principalmente a primeira, de Danilo, que aconteceu ainda no primeiro tempo.
"Até 11 contra 11 era um jogo mais aberto, tínhamos mais controle do jogo no 11 contra 11. Com Danilo expulso, o Palmeiras fez as linhas de 4, defendeu do meio pra trás e colocou o Dudu de meia, afunilou e o que nós tínhamos de homem a mais eram os 2 zagueiros. Como eles estavam muito afunilados do meio pra trás, ficava até perigoso o contra-ataque porque eles têm jogadores perigosos", disse antes de completar.
"Não tivemos as oportunidades claras, eu também acho que é pouco por você ter 70% de posse, mas improdutivo. Com dois a mais não tem jogo, amarra, somem as bolas, tem 2 minutos de jogo, não se leva muito isso em consideração. Eles jogaram muito fechado, sempre que joga com o Atlético jogam assim, levando a partida para uma bola parada", continuou.
"Com 2 a mais aos 35 não tem mais jogo, somem as bolas, se tiver 3, 4 minutos de jogo é muito. A casa do adversário faz diferença, você tem que ter tranquilidade de trabalhar a bola e montar o espaço, o desenho estava feito, não conseguimos executar as jogadas pra fazer o gol. Até criamos com Hulk e Jair bola na trave", seguiu o treinador.
"Às vezes você tem um jogador a mais e passa a não ser a vantagem porque o adversário se fechou muito atrás e nós não conseguimos penetrações pra fazer o gol. As trocas que a gente fez, tirando os velocistas pra colocar quem trabalha melhor a jogada não surtiram efeito. A sensação é ruim, sensação que de repente no 11 contra 11 talvez a nossa oportunidade era maior de vencer do que no 11 contra 10 porque o Palmeiras ia ter que sair pro jogo como estava acontecendo e depois não saíram mais, fica a frustração sem dúvida nenhuma", completou.
Porém, a disputa e a troca de farpas não se limitou dentro das quatro linhas, e antes da entrevista coletiva de Abel Ferreira, o técnico do Galo, Cuca, afirmou que o treinador português organizou um 'ferrolho defensivo' para justamente conseguir levar a partida para os pênaltis. O palmeirense não deixou essa acusação passar, e rebateu a fala do adversário.
"O Cuca é um treinador experiente, tem vários títulos no currículo. Quando ele assistir a esse jogo, vai entender que tinha muitos jogadores por fora do nosso bloco, e você tem que colocar gente por dentro para atacar a nossa linha. Ele tinha os pontas por fora, os dois laterais abertos, os zagueiros por trás, mas poucos jogadores por dentro do nosso bloco. Isso, para nós, foi mais fácil de controlar", disse antes de completar.
"Claro que, com menos um, fechamos, mas ainda conseguimos atacar. Ele reconhece que a equipe dele esse ano é melhor do que a do ano passado. Não fui eu que disse, foi ele! E, quando ele assistir a esse jogo, vai ver que nossa equipe foi muito competente ao fazer o adversário jogar por fora. Ali conseguimos fazer uma boa parede, e acho que chegamos ao final do jogo com mais finalizações que nosso adversário", concluiu.
