Ex-lateral do Botafogo foi acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar
Acusado do atropelamento de um casal no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, no último dia 30, o ex-lateral do BotafogoMarcinho foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, porém, com agravante de fugir do local.
O inquérito, finalizado na terça-feira, 02, apontou que o jogador dirigia em alta velocidade e havia consumido o equivalente a cinco canecas de chopp antes do atropelamento.
O delegado da 42ª Delegacia de Polícia da região já enviou o inquérito ao Ministério Público. Agora, o próximo passo segundo o advogado Sergio Vieira é o órgão decidir, após análise, se oferece denúncia, arquiva ou solicita novas diligências no caso.
“Como a acusação deve ser por duplo homicídio culposo, a pena pode variar de um a três anos de prisão. É importante frisar que sendo considerado mesmo culposo, não há somatório das penas. É praticamente impossível de haver prisão em um caso destes, sendo assim é possível que ele possa continuar jogando enquanto o processo é tramitado na justiça”, elucida Sergio Vieira através da MF Press Global.
Esta não é a primeira vez que jogadores de futebol se envolvem em problemas com a justiça, porém, o advogado Sergio Vieira aponta ser pouco provável haver alguma flexibilidade ou beneficiamento do réu.
“Marcinho defende que fugiu do local por medo de ser linchado, portanto, é provável que a defesa se encaminhe nessa linha, porém o ato pode endurecer a pena contra ele, caso fique comprovado que ele poderia prestar socorro sem risco pessoal”, argumenta o advogado.
Em caso de condenação, seja ela considerada culposa ou não, o jogador ainda pode recorrer aos tribunais superiores, sendo eles Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).
A reportagem do SportBuzz entrou em contato com o lateral Marcinho para pronunciamento sobre o caso, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta.