Luka Jovic e Nélson Semedo quebraram o protocolo imposto pela entidade para evitar contaminações pelo novo coronavírus
Alguns casos de jogadores que atuam em clubes da Espanha vieram à tona nas últimas semanas justamente por não cumprirem com as indicações da LaLiga.
Diante disso, o presidente da entidade, Javier Tebas reagiu ao Caso Semedo e ameaçou implantar a concentração das equipes da primeiradivisão do Campeonato Espanhol em hotéis ou em suas cidades esportivas.
"Estamos repensando que, no caso de seguir esta política por parte dos jogadores, nos veremos obrigados a uma questão que dissemos que não íamos fazer que eram as concentrações obrigatórias", afirmou o dirigente em uma entrevista nesta quinta-feira, 11.
"Esperamos não chegar a este extremo, mas se os jogadores não deixam de ir a churrascos ou festas não teremos outra opção", disse antes de completar.
"Comunicamos esta circunstância aos clubes. Tínhamos planejado uma concentração obrigatória na semana anterior à competição. Vimos que os jogadores estavam cumprindo os protocolos, mas se isso começa a ser geral, não nos deixarão mais escolha", concluiu.
Nélson Semedo não treinou nesta quinta-feira com o elenco do Barcelona, "seguindo o protocolo estabelecido por LaLiga", segundo comunicou o clube em suas redes sociais.
"Sessão de treinamento com os jogadores disponíveis da primeira equipe. N. Semedo não treinou de acordo com o protocolo estabelecido pela La Liga", escreveu o clube catalão.
O jogador participou de uma festa com mais 20 pessoas, quebrando as normas estabelecidas na Espanha.
Antes desse caso, uma foto publicada nas redes sociais do atacante do Real Madrid, Luka Jovic registrou um churrasco que estava sendo promovido pelo jogador para alguns amigos.
"Me consta que em todos os casos eles foram separados ao menos de um treinamento e passaram pelo teste correspondente. Me consta que alguns clubes tomaram medidas disciplinares com quantias econômicas", disse Tebas, que, no entanto, não rebaixou seu tom.
"Porque se não estão cumprindo as normas e se está sendo excedida a própria diligência que deve ter um jogador de futebol, que tem que ser maior que um cidadão normal, porque tem mais responsabilidade, para manter essa indústria e pelos riscos que tem... deveríamos voltar e exigir esse confinamento", falou.
"Nós todos estamos jogando muito. Tem tido muita confiança por parte de LaLiga removendo essas concentrações e essa confiança vai se diluindo, vai se quebrando”, declarou o dirigente, que considerou “uma pena” chegar a este extremo, “porque muitos cumprem... E aqui faço um apelo aos que estão cumprindo as normas para que façam refletir todos para que se cumpra o estabelecido", ressaltou.
"Demonstramos confiar nos jogadores ao desistir da ideia de não concentrá-los nos centros de treinamento. O único que pedimos em troca é que esta confiança tenha um retorno, que não seja traída. Se pulamos as regras, não prejudicamos somente LaLiga como também a saúde das pessoas em geral", finalizou.