Alexandre Campello é um dos dirigentes que defendem a volta do futebol em meio a pandemia
Lucas Miluzzi Publicado em 27/05/2020, às 16h59 - Atualizado às 17h43
Nesta quarta-feira, 27, Alexandre Campello concedeu uma entrevista exclusiva ao Esporte Interativo e revelou que alguns atletas do Vasco testaram positivo para a Covid-19. Vale lembrar que o presidente é um dos principais expoentes na luta pela volta do futebol em meio a pandemia.
Sem citar nomes e números, Campello confirmou que parte do elenco alvinegro testou positivo para a Covid-19. Mesmo com as contaminações de alguns jogadores, o cartola ressaltou que todos permaneceram em casa e, mesmo assim, acabaram contraindo a doença.
"Nós temos alguns resultados prontos. Outros, ainda não. Isso foi feito de maneira sequencial, então, uns saem antes dos outros. Sim, tem um número de atletas que foram, sim, contaminados. Como ocorreu em outros clubes. Isso demonstra que estar em casa não impede a contaminação", afirmou.
Na última semana, Alexandre Campello se reuniu, em Brasília, com Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Jair Bolsonaro. Na reunião os três debateram sobre uma possível volta do futebol carioca e a possibilidade da realização do estadual na capital do Brasil.
Logo após o encontro, quem se pronunciou em relação a essa possibilidade foi o ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro. Ele não se colocou a favor do retorno do futebol carioca e ironizou o diálogo entre o Presidente da República e os dirigentes rivais.
"O Flamengo já enterrou um massagista, tem jogadores e profissionais contaminados. E não entendo isso de jogar em Brasília, pois é uma falta de respeito aos jogadores. Tirar eles das famílias em momento de tensão e recordes de mortes. Tirar das famílias e deixar os jogadores em hotel trancados? Fora da realidade. Não sei bem o que quer o Flamengo. Será que o Campeonato Carioca será contra Gama, Brasiliense? Ou jogará somente com o Vasco ou se querem jogar sozinho. Será que estão pensando em Libertadores com países com problemas sérios? O Flamengo pode treinar onde quiser. Sair do Ninho e ir para Brasília... Tomara que não tenham de treinar no [cemitério] São Joao Batista, Caju ou Jardim da Saudade", disse.
Carlos Augusto ainda continuou em manteve a postura em relação a volta do futebol no Brasil. Ele pediu mais paciência e indicou que o esporte só deveria retornar no país, caso houvesse segurança para todos e utilizou a Alemanha como um exemplo a ser seguido.
"Não vejo esse frenesi em relação à volta às aulas em universidades. Esse nervosismo irresponsável eu não vejo no futebol e acho uma vergonha falar que eles querem treinar em um dia que o Brasil tem 1000, 1200 mortes. Brincam com coisa séria uma doença invisível. Querem levar uma vida normal, quando a vida não está normal. O Campeonato Alemão começou depois do pico e com todo o cuidado. Mas veja a França. As aulas recomeçaram e tiveram que parar. É difícil debater isso? Não custa nada esperar uma semana, 15 dias, um mínimo de segurança. A vida não será normal até a vacina. Que voltemos depois do pico", afirmou em entrevista ao programa os Donos da Bola.
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