Dirigente acredita que não só o Galo, mas outros clubes do Brasil devem ter dificuldades para deixar as contas em dia
Lucas Miluzzi Publicado em 09/04/2020, às 18h02 - Atualizado às 18h41
Em entrevista à Bandeirantes, Alexandre Mattos, diretor de futebol do Atlético Mineiro, abriu o jogo sobre a situação financeira do clube e também de outras equipes do Brasil. O cartola projetou como pode ser o cenário financeiro dos times depois dessa paralisação causada pelo novo coronavírus.
"A situação é desesperadora. Não vou mentir: é desesperadora. Os clubes de futebol do Brasil, e aí não é só o Atlético, você pode colocar até o que hoje estão em um momento financeiro melhor, como Flamengo e Palmeiras, todos necessitam dos bancos para fazer algum tipo de conta garantida, alguma situação de antecipação em cartão de crédito pelo sócio-torcedor", disse.
Vale lembrar que o Atlético Mineiro adotou algumas medidas para tentar amortizar o impacto que essa crise financeira vai gerar em um futuro próximo. O clube anunciou que fez um corte de 25% nos salários de jogadores, comissão técnica e funcionários que recebem mais de 5 mil reais por mês.
Mesmo em meio à toda essa crise, o Atlético vem tentando se adaptar ao novo modelo inserido pelo técnico Jorge Sampaoli. O treinador, inclusive, está remodelando o elenco e possui alguns atletas com quem ele não vai mais contar quando a temporada voltar.
O centroavante Franco Di Santo, o atacante Clayton e o volante José Welison possuem destino incerto, mas não devem seguir em Belo Horizonte para o restante do ano. Além disso, existe as negociações de renovações por Cazares.
Apesar de não ser considerado um nome unânime por grande parte da comissão técnica, o clube ainda o vê como útil e pensa em renovar seu contrato. Quem falou sobre isso foi Alexandre Mattos, ainda em entrevista à Band.
O diretor de futebol afirmou que o clube tem planos de renovar com o jogador de 28 anos, entretanto, não significaria que Cazares continuaria jogando no Atlético-MG.
“No momento, o que a gente tem é uma necessidade de renovação contratual para o Atlético ter a sua segurança”, disse Mattos.
“O que a gente com certeza o fará é: o Cazares se apresenta, a não ser que tenha alguma situação - o que eu não acredito, pelo momento do futebol - de venda ou alguma coisa. Mas aí não é só o Cazares, é qualquer atleta do Atlético. Isso se obviamente, for avaliado e o presidente entender que é um bom negócio”, continuou.
Para Mattos, a renovação depende de Jorge Sampaoli, técnico do Atlético-MG, e da diretoria do clube. O treinador argentino teve apenas uma partida com a equipe atleticana antes da paralisação causada pela pandemia de Coronavírus.
“Não consegui ter o dia a dia necessário - e nem o Sampaoli - para avaliação daquilo que ele imagina de jogo e se o Cazares - não só o Cazares, como qualquer outro atleta - pode ser importante ou não naquilo que ele entende. Tecnicamente, não tem o que se discutir”, continuou Mattos.
“Agora, não tive a oportunidade ainda de ver pessoalmente com o Cazares e entender tudo o que foi de bom e tudo o que ele tem que evoluir para a gente entender o que é bom para o Atlético”, concluiu.
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