Desde a restauração em 1896, os Jogos Olímpicos sempre tiveram uma estreita relação com a imagem. Nas primeiras edições, os pôsteres eram utilizados para promover e divulgar o evento. Com o passar dos anos, se tornaram a “cara” dos Jogos
Destaca o discóbolo de Townley, a estátua em mármore, uma das peças mais importantes do acervo do Museu Britânico, com os anéis olímpicos, sobrepostos sobre o Palácio de Westminster, em Londres.
Os símbolos do clássico e do moderno dos Jogos Olímpicos em harmonia com o Big Ben.
Contexto: sem tempo para organizar um concurso, o comitê organizador escolheu entre os projetos espontaneamente apresentados.
Destaque para a estátua de bronze do corredor finlandês Paavo Nurmi, que ganhou 12 medalhas olímpicas, nove de ouro em três edições: 1920, 1924 e 1928.
A estátua foi obra do escultor finlandês Wäinö Aaltonen e foi encomendada pelo governo finlandês após a atuação de Nurmi nos Jogos de 1924, onde ganhou cinco medalhas de ouro.
No pôster, a figura do corredor está sobreposta a uma parte da Terra, que apresenta a Finlândia esboçada em vermelho.
Desenhado originalmente em 1940, o pôster foi ligeiramente modificado para refletir o contexto de 1952: as datas foram alteradas e as fronteiras do país foram readequadas.
Contexto: os organizadores dos Jogos tinham o projeto para os Jogos de 1940, que foram cancelados devido a segunda grande guerra mundial, mesmo assim, em 1950, promoveram um concurso para um novo pôster. Nenhum dos 277 projetos apresentados superou o pôster criado por Ilmari Sysimetsä, dez anos antes.
Totalmente afastado do estilo figurativo dos pôsteres anteriores, que marcantemente utilizavam símbolos.
Com um design puro, apresenta um convite de três páginas aberto para o leitor, sobre um fundo azul brilhante. Os anéis olímpicos estão na primeira página e a reprodução do brasão de armas de Melbourne na última página.
É o primeiro pôster olímpico sem a figura de um ser humano.
Contexto: A organização solicitou projetos para cinco artistas, o trabalho de Beck foi o escolhido.
Na metade inferior, o texto: ”XVI Olympiades Ryttartävlingar 1956 Estocolmo 10-17 Juni” sobre um fundo em preto.
A metade superior, em fundo de mármore, uma estátua de um cavaleiro em seu cavalo.
A imagem foi inspirada por uma das esculturas do Parthenon e simboliza a ligação entre os Jogos Olímpicos da antiguidade e da era moderna.
Contexto: Devido às regras veterinárias australianas para quarentena de equinos, as provas do hipismo não poderiam ser realizadas na cidade-sede e foram disputadas em Estocolmo, Suécia.
Adaptação moderna dos terraços que eram encontrados nas Termas de Caracalla na Roma Antiga. Além dos banhos de piscina, havia espaço para a prática esportiva.
Uma cena de aclamação de um atleta vitorioso, coroando-se com a mão direita e segurando a palma da vitória na mão esquerda, de acordo com o costume romano.
A loba, símbolo de Roma, alimenta os gêmeos Rômulo e Remo, os lendários fundadores da cidade. A imagem foi inspirada pela famosa estátua de bronze exposta no Palácio dos Conservadores em Roma.
Contexto: Foram necessários três concursos para atender os critérios dos organizadores: apresentar uma alegoria do esporte olímpico em Roma; os anéis olímpicos e as palavras Jogos das XVII Olimpíadas - Roma - MCMLX.
Na primeira com 249 projetos, nenhum conseguiu convencer o júri.
O segundo concurso com doze artistas italianos, sem resultado fosse satisfatório. Por fim, os organizadores escolheram Armando Testa para criar o pôster.
Apresenta o emblema dos Jogos de 1964 em Tóquio, que reinterpreta a ideia do Sol Nascente da bandeira nacional japonesa, um simples e dinâmico símbolo.
A técnica utilizada foi de uma gravura de foto multicolorida, uma conquista da indústria gráfica japonês. O pôster recebeu muitos elogios, pela qualidade da impressão e pela concepção, e ganhou o Prêmio de Design de Pôsteres em Milão na Itália.
Contexto: Quatro pôsteres oficiais foram publicados sucessivamente para os Jogos de 1964. Todos criados por Kamekura. O primeiro foi chamado de “The Rising Sun” (o sol nascente) com o emblema se tornou a imagem dos Jogos.
O emblema México 68 aparece no centro do cartaz, cercado por linhas paralelas pretas e brancas dando a impressão de movimento e lembrando os motivos dos índios huichóis mexicanos.
Seu formato quadrado difere do formato habitual.
Contexto: a partir da combinação dos anéis olímpicos e de ano dos Jogos Olímpicos, Pedro Ramirez Vazquez, Eduardo Terrazas e Lance Wyman projetaram o emblema México 68.
Em seguida, desenvolveram o pôster oficial e toda a comunicação visual associada os Jogos (programas, uniformes dos voluntários, etc.).
O lema que eles seguiam era: informações, estética e funcionalidade.