Os atletas estão em quarentena em uma ilha ao lado da Itália
Os jogadores formados na base do Palmeiras estão presos em uma ilha da Grécia!
O zagueiro Pedrão, de 20 anos, e Pedro Marlon, meio-campo de 19 anos, estão na ilha de Corfu, do país e por lá está quase tudo fechado. Seguindo as regras da OMS e do governo grego os 32 mil habitantes pararam as atividades mesmo sem nenhum caso do novo coronavírus registrado até o momento.
A decisão impactou na rotina dos jogadores e criou a sensação de vida em uma obra de ficção: "Parece que estamos em Lost" (famoso seriado americano).
Os brasileiros defendem o Kerkyra, time da ilha de Corfu, há oito meses, desde o início da temporada europeia.
Ambos estão em quarto de hotel, que foi fechado por tempo indeterminado. O único vizinho é o dono do estabelecimento, e no cenário inusitado ainda contam com a chave do clube para realizar treinamentos diários.
"O centro de treinamento fica a três minutos a pé. Os jogadores em sua maioria são gregos e todos voltaram para suas cidades. Então, nos deram a chave e somos os únicos que vamos até lá diariamente. É bom pela estrutura de academia, e o campo para aprimoramento técnico também. Não tem o que fazer. É treinar e esperar alguma notícia sobre a volta da temporada", comentou Pedrão.
O clube em que a dupla atua é da Segunda Divisão da Grécia. O campeonato foi paralisado há três semanas, seguindo a Primeira Divisão e outras grandes ligas europeias.
Na ilha, mesmo sem casos da covid-19, o receio de contaminação era grande por conta de sua posição geográfica. Ela fica mais próxima da Itália, país mais contaminado da Europa, do que de Atenas, a capital da Grécia.
No Kerkyra, os jovens jogadores são os únicos sul-americanos em busca de projeção para seguir carreira em outros clubes mais expressivos da Europa. Com o foco no futebol, eles não cogitam ida ao Brasil até que o cenário sobre o futuro do futebol no continente esteja claro.
"Vamos seguir fechados aqui e temos nosso sonho, objetivo. O clube tem uma estrutura muito boa e investe em jovens jogadores. Morar na Ilha também é uma experiência bem legal. Meus pais estão morando na Espanha e até pensavam em vir para cá, mas agora não adianta: está tudo fechado", relatou Pedro Marlon.
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