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Colunistas / Carlos Orlando Barbosa / 12ª ETAPA – GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA

A corrida mais curta da história da fórmula 1!

Podem ter certeza, este ano tem tudo para ser o melhor do século da fórmula 1

Carlos Orlando Publicado em 30/08/2021, às 11h01

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GP da Bélgica de 2018 - Getty Images
GP da Bélgica de 2018 - Getty Images

Não bastasse a primeira parte do campeonato ter sido surpreendente com uma disputa mais do acirrada entre Lewis Hamilton da Mercedes e Max Verstappen da Red Bull, tivemos vitórias improváveis como de Esteban Ocon da Alpine na Hungria, pegas fantásticos, “strike” de ValtteriBottas, pilotos como L. Norris da McLaren, G.Russell da William e P.Gasly da Alpha Tauri trazendo uma nova energia para fórmula 1.

Russell comemora o segundo lugar após o GP da Bélgica - Créditos / Getty Images

Só por isso o ano já estaria garantido como o melhor dos últimos anos.

Mas aí vem a 12ª etapa, o GP DA BÉGICA, no circuito de SPA-FRANCORCHAMPS para aumentar a lista de fatos que ficarão marcados para a história.

Spa-Francorchamps já é um circuito perigoso sem chuva. São 7km de pista com longas retas e 20 curvas, sendo que um conjunto de 3 curvas formam a temida EAU ROUGE (Água vermelha em francês). 48 pilotos já perderam a vida em Spa-Francorchamps. Nenhum da F1.

Com chuva, como aconteceu neste fim de semana, o circuito fica extremamente perigoso. Em alguns momentos é até insano. É impossível para o piloto enxergar o carro da frente em função do volume de spray d’agua.

Tudo bem, a chuva é problema em qualquer circuito. Mas nenhum outro tem as características de SPA e principalmente a EAU ROUGE...

No sábado, no Q2, Norris fez o melhor tempo, seguido de Hamilton, Bottas, Gasly e Verstappen.

A chuva aumentou e mesmo com os protestos de alguns pilotos o diretor de provas Michael Masi liberou o início do Q3.

O primeiro a entrar foi o Norris, que bateu muito forte na primeira volta na curva EAU ROUGE. Felizmente nada de grave aconteceu com o piloto. O treino foi interrompido por 40 minutos para limpeza da pista.

O Q3 foi reiniciado e nos últimos segundos Verstappen fez uma volta fantástica e ficou com a pole.

O grid de largada ficou definido com; Verstappen/Russel/Hamilton/Ricciardo/Vettel.

Na classificação Bottas ficou na 8ª posição. Porém, em função do “strike” na Hungria, recebeu a penalidade de 5 posições, largando em 13°.

Foi considerada uma grande falha da FIA a liberação do início do Q3, uma vez que a chuva era forte e o acidente com Norris poderia ter sido muito grave.

Esta discussão ainda não terminou...

No domingo a chuva continuou forte, com alguns momentos de chuvisco, mas não o suficiente para secar a pista.

Já no final do warm up, Sérgio Pérez da Red Bull bateu forte na curva EAU ROUGE.

A corrida inicialmente programada com 44 voltas e para começar às 10:00 hs (Brasília), foi sendo adiada na esperança de que a chuva diminuísse.

Mesmo sem condições, a largada foi dada às 13:17hs com o Safety Car à frente. Previsão de 1 hora de corrida (39 voltas).

Foram completadas 3 voltas seguindo o Safety Car e veio a sinalização de bandeira vermelha.

O GP mais curto da história da fórmula 1 estava encerrado com 3 voltas, 4 contando a entrada nos boxs.

Vale aqui um parêntese para falar do pódio formado pelo Verstappen, Russel e Hamilton. A felicidade do Russel conseguindo seu primeiro troféu na fórmula 1 foi contagiante. Se haviam dúvidas sobre quem iria para o lugar do Bottas na Mercedes acho que não existem mais.

Verstappen, Russel e Hamilton após o GP da Bélgica - Créditos / Getty Images

Conforme o regulamento esportivo da fórmula 1 da FIA, serão considerados 50% dos pontos para cada posição considerando a penúltima volta.

Como tivemos 3 voltas “validas”, a penúltima será a 1ª volta. Ou seja, o mesmo grid definido no sábado, com exceção do S.Pérez que bateu no sábado.

Para obter 100% dos pontos é necessário completar no mínimo 75% do total de voltas previstas (44).

A discussão promete ser intensa nos próximos dias.

É evidente que FIA deveria ter simplesmente cancelado o GP no domingo.

Não faz nenhum sentido ter uma corrida sem bandeira/sinal verde, seguindo apenas o Safety Car. Isso não é corrida, é desfile.

Safety Car do GP da Bélgica - Créditos / Getty Images

Os pontos também serão questionados, uma vez que o regulamento deixa várias dúvidas em aberto sobre os procedimentos que foram adotados.

Logicamente os interesses econômicos pesaram mais do que os interesses do público que ficou 5, 6 horas sob chuva forte para assistir um desfile de 3 voltas.

A expectativa do esperado confronto entre Hamilton e Verstappen só aumenta ainda mais.

O próximo Grande Prêmio será no circuito de PARK ZANDVOORT na Holanda, na casa do Verstappen.

Não haverá dilúvio suficiente para esfriar a temperatura deste encontro...

A segunda metade do campeonato está só começando.

MUNDIAL DE PILOTOS (10+)

1-L. Hamilton, 202,5 pontos

2-M. Verstappen, 199,5 pontos

3- L. Norris, 113 pontos

4- V. Bottas, 108 pontos

5- S. Pérez, 104 pontos

6- C. Sainz Jr, 83,5 pontos

7- C. Leclerc, 82 pontos

8- D. Ricciardo, 56 pontos

9- P. Gasly, 54 pontos

10- E. Ocon, 42 pontos

MUNDIAL DE CONSTRUTORES (5+)

1-Mercedes, 310,5 pontos

2-Red Bull/Honda, 303,5 pontos

4-McLaren/Mercedes, 169

3-Ferrari, 165,5

5-Alpine/Renaut, 80