HAMILTON, MAIS MONSTRO DO QUE NUNCA, VENCE O GP DA ARÁBIA SUDITA E ZERA A DIFERENÇA PARA MAX VERSTAPPEN
A equipe da Mercedes foi para o circuito de Jeddah muito pressionada pelo resultado.
Mesmo após os excelentes resultados no Brasil e no Qatar, bastaria uma vitória de Max Verstappen e o título estaria praticamente nas mãos da Red Bull. Poderia até mesmo ser decidido em Jeddah dependendo da posição final do Hamilton.
O objetivo era reduzir os 7 pontos de vantagem da Red Bull, ou no mínimo não deixar que a diferença aumentasse, e com isso levar a decisão para a última etapa do campeonato em Abu Dhabi.
Para acrescentar ainda mais emoção em tudo, o circuito de Jeddah era totalmente desconhecido para todos os pilotos.
A construção foi finalizada dias antes das equipes chegarem.
Um circuito de rua, com pistas estreitas, 27 curvas e alta velocidade média.
Já nos treinos livres de sexta-feira Charles Leclerc da Ferrari foi o primeiro a sentir as dificuldades da pista, destruindo o carro no muro.
No sábado, no Q3, a disputa pela pole entre Hamilton e Verstappen estava intensa. Com Hamilton e Verstappen alternando com a melhor volta.
Porém, no minuto final para fechar o Q3, Hamilton com a pole provisória seguido de Bottas, Verstappen estava fazendo a melhor volta, com 2 décimos de segundo de vantagem sobre Hamilton. Na última curva, faltando poucos metros para linha de chegada, Verstappen perdeu o controle do carro e foi para o muro. Felizmente bateu de lado, sem necessidade de mudar nada no carro.
O Grid dos sonhos para Mercedes; Hamilton com sua 103ª pole, Bottas/Verstappen/Leclerc e Perez.
Uma dobradinha da Mercedes era o melhor resultado possível.
No domingo, diferentemente do que aconteceu no México, Hamilton manteve a liderança e Bottas conseguiu segurar o Verstappen na 3ª posição.
Hamilton e Bottas estavam sobrando na pista, fazendo voltas mais rápidas em cima de voltas mais rápidas.
Na 10ª volta, foi a vez de Mick Schumacher/Haas bater forte no mesmo lugar onde Leclerc havia batido na sexta-feira.
Com a entrada do safety car a Mercedes chamou Hamilton e Bottas para troca de pneus de médios para duros.
A Red Bull chamou Perez para troca de pneus, mas manteve o Verstappen na pista. Uma estratégia ousada da Red Bull.
Na 13ª volta, ainda em função da batida do Mick Shumacher, a direção de provas definiu pela bandeira vermelha, quando todos os carros podem ir para os boxes para fazer acertos e trocas de pneus.
Com Verstappen em 1º e Hamilton em 2º, o maior beneficiado pela bandeira vermelha foi justamente o Verstappen, pois pôde ir para os boxes trocar os pneus e ainda manter a primeira posição.
Uma decisão arriscada da Red Bull mas que deu sorte.
Uma bandeira vermelha, tanto tempo depois do acidente, quando praticamente já estava com a pista limpa, foi muito estranha...
A decisão da Red Bull só não foi melhor pois poderia ter mantido também o Pérez na pista e com isso teria os 2 pilotos na frente.
A retomada da corrida foi na volta 15, faltando 35 para o final, com; Verstappen/Hamilton/Bottas/Ocon/Ricardo/Leclerc/Gasly e Pérez.
A relargada foi tensa. Hamilton largou muito bem, saindo na frente do Verstappen.
Mas logo na primeira curva, Verstappen usou a área de escape da pista para superar Hamilton. Na confusão Esteban Ocon da Alpine assumiu a segunda posição e Hamilton caiu para 3º.
Bottas largou muito mal, caindo para 5ª posição.
Na sequência, Pérez fechou a Ferrari do Leclerc, bateu e saiu da corrida. Nikita Mazepin da Hass também bateu na traseira da Williams do George Russell.
Nova bandeira vermelha.
Durante a parada, a FIA determinou que Verstappen devolvesse a posição para Hamilton por ter ultrapassado os limites da pista.
Com a punição a relargada ficou; Ocon/Hamilton/Verstappen/Ricardo/Bottas.
Relargada na volta 17. Verstappen com pneus médios largou muito bem e assumiu a liderança seguido de Ocon e Hamilton.
Na sequência Hamilton com pneus duros ultrapassou Ocon e partiu para cima do Verstappen.
Na volta 22, Hamilton mesmo fazendo as voltas mais rápidas não conseguia chegar no Verstappen que mantinha a diferença de 1.2segundos.
Na volta 23, Y.Tsunoda da Alpha Tauri bateu na Aston Martin do Sebastian Vettel e entrou o safety car virtual.
Volta 24, bandeira verde. Verstappen com 1.3s de vantagem sobre Hamilton.
Volta 29, novo safety car virtual para limpeza da pista. Tinha pedaços de carros em toda a pista. A retomada aconteceu na volta 33
Volta 36, mais sujeiras na pista e novo safety car virtual.
Volta 37, na retomada, Hamilton abriu a asa e foi para cima do Verstappen. Conseguiu a ultrapassagem, mas novamente Verstappen saiu da pista e fechou a passagem do Hamilton.
Na sequência, na volta 38, Verstappen “tirou o pé” no meio da reta e Hamilton bateu na traseira do Red Bull.
Uma confusão de comunicação.
Verstappen recebeu a informação para devolver a posição para o Hamilton em função de novamente ter usado a área de escape. Porém, o Hamilton e a Mercedes não receberam esta informação. Quando o
Verstappen tirou o pé, o Hamilton não estava preparado e não teve como desviar.
Na batida, a asa dianteira direita do carro do Hamilton ficou danificada.
A distância entre eles aumentou para 2segundos. Verstappen continuou em primeiro.
Enquanto o incidente estava sendo analisado pelos comissários da FIA, o Hamilton, mesmo com o carro danificado, fazia a volta mais rápida.
Na volta 42 Hamilton conseguiu ultrapassar o Verstappen, mas logo em seguida perdeu a posição para Verstappen novamente.
Por decisão dos comissários da FIA, Verstappen foi punido em 5 segundos pela manobra de ultrapassagem e por não ter devolvido a posição para Hamilton.
Na volta 43, faltando 7 para o final, Hamilton finalmente conseguiu ultrapassar Verstappen.
Hamilton quis vencer a corrida na pista, sem precisar dos 5 segundos da punição e ainda fez novamente a volta mais rápida. Um monstro.
Bottas, na última volta conseguiu ultrapassar o Ocon e garantiu a posição no pódio.
Uma corrida sensacional, com muitas mudanças na ponta e que novamente exigiu o máximo do Hamilton e Verstappen.
Um fim de semana espetacular para a Mercedes que viu zerar a diferença de pontos no mundial de pilotos e aumentar para 28 pontos a diferença no mundial de construtores.
A decisão será no próximo domingo (12/12), no último GP da temporada, em Abu Dhabi.
Podemos esperar a corrida mais fantástica de todas para fechar o campeonato mais emocionante dos últimos 20 anos.
1-M. Verstappen, 369,5 pontos
2- L. Hamilton, 369,5 pontos
3- V. Bottas, 218 pontos
4- S. Pérez, 190 pontos
5- C. Leclerc, 158 pontos
6- L. Norris, 154 pontos
7- C. Sainz Jr, 149,5 pontos
8- D. Ricciardo, 115 pontos
9- P. Gasly, 100 pontos
10- F. Alonso, 77 pontos
1-Mercedes, 587,5 pontos
2-Red Bull/Honda, 559,5 pontos
3-Ferrari, 307,5 pontos
4-McLaren/Mercedes, 269 pontos
5-Alpine/Renaut, 149