Ex-ala do Golden State Warriors afirma que alguns donos das franquias da liga são racistas
O ex-ala Matt Barnes afirmou que a NBA pode fazer muito mais pela luta antirracista nos Estados Unidos. Durante sua participação em uma série do Bleacher Report, para debater sobre o assunto, Barnes revelou que a liga tem muitos proprietários de times racistas, assim como a NFL (liga de futebol americano).
“Existem muitos proprietários racistas como Donald Sterling na NBA e na NFL. Não quero dar nomes, mas há esse grupo de donos que eram como petroleiros e imobiliários. Esses caras têm mais de 60 anos e se criaram assim, olham para os jogadores quase como se usassem a palavra "escravo", e isso é muito duro. Eles acham que os jogadores os pertencem porque pagaram, porque lhe dão carros, comida e lhes compram casas”, declarou Barnes.
Barnes ainda disse que as franquias ajudariam se investissem tempo e dinheiro em educação e causas na comunidade.
“Acho que todas as equipes devem começar um fundo. Fundos individuais para suas cidades. E procure ajudar as comunidades”, disse.
Barnes, que se aposentou em 2017 após conquistar a NBA com o Golden State Warriors, usou o exemplo de Donald Sterling, ex-dono do Los Angeles Clippers (de 1981 a 2014), multado e banido pela NBA por comentários racistas. Em maio, o ex-jogador falou ao canal CBS sobre o caso, época em que o documentário Blackballed (Banido, na tradução), foi lançado.
“Ele (Sterling) não é o único dono ou CEO de uma grande companhia que pensa assim, ele só foi o único burro suficiente para ter sido pego. E, para mim, o que ele disse nem foi a pior coisa sobre ele. E há muitos desses caras por aí. São caras de 70, 80, 90 anos que encontraram dinheiro no petróleo e no ramo imobiliário e possuem várias propriedades e times”, disse Matt Barnes.
Sterling foi banido da NBA após comentários sobre uma foto publicada pela namorada ao lado de Magic Johnson. O ex-proprietário dos Clippers criticou a parceira, pedindo que ela não aparecesse em público ao lado de “minorias” e nem os levasse aos jogos. LeBron James e Kobe Bryant lideraram pedidos de punição ao magnata quando o caso se tornou público.